O Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode julgar, nesta terça-feira (25), o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do empresário Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. O executivo foi preso em 17 de novembro durante a Operação Compliance Zero, da Polícia Federal, que apura suspeitas de crimes financeiros.

Os advogados sustentam que a prisão preventiva carece de justificativas concretas e individualizadas que indiquem qualquer risco à investigação. A defesa argumenta ainda que não há possibilidade de Vorcaro voltar a cometer os delitos apontados, já que o Banco Central decretou a liquidação do Banco Master.

Na última semana, a desembargadora Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), negou um pedido de liminar que buscava a libertação imediata do empresário.

Defesa contesta acusações e aponta inconsistências

A defesa de Vorcaro afirma que as suspeitas levantadas pela PF não se sustentam. O banqueiro e outros executivos são investigados por gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa.

Segundo a Polícia Federal, o grupo teria participado da criação de carteiras de crédito sem lastro, vendidas e posteriormente substituídas por outros ativos sem a devida avaliação técnica, após fiscalização do Banco Central.

Os advogados rebatem a versão e afirmam que as carteiras foram adquiridas de terceiros responsáveis pela originação dos créditos, destacando que o Banco Master não realizou a captação direta dos empréstimos consignados que compunham esses portfólios.

O julgamento do habeas corpus pelo STJ deve decidir se Vorcaro seguirá preso enquanto as investigações avançam.