A ANEEL decidiu manter a multa de R$ 59,5 milhões aplicada à Neoenergia Coelba, após identificar mais de 11 mil solicitações de energia elétrica com obras pendentes e prazos não cumpridos. A maior parte desses pedidos estava atrasada, o que reforçou a penalidade.

Com a análise aprofundada dos processos, a agência destacou que os atrasos envolveram tanto o fornecimento de energia quanto a execução de obras indispensáveis para novas ligações. A investigação apontou descumprimentos consecutivos dos prazos regulatórios.

Ao revisar os casos mais críticos, a ANEEL encontrou solicitações que ultrapassaram o limite de sessenta dias, chegando a atrasos de até 295 dias. Alguns processos, relacionados à execução de obras, alcançaram 598 dias, superando com folga o prazo máximo de cento e vinte dias definido pela agência.

Nos relatórios mais recentes, a ANEEL registrou ainda que o plano de recuperação firmado com a distribuidora para o ciclo 2022, 2023 não apresentou resultados satisfatórios. O documento, que deveria melhorar o desempenho da empresa, não impediu o acúmulo de novos atrasos.

Atrasos sucessivos e impacto no atendimento

O levantamento da agência expôs como os atrasos da Coelba afetaram diretamente consumidores que aguardavam análise técnica, obras e ligações. A demora recorrente compromete a expansão segura do sistema e pressiona a qualidade do serviço.

Penalidade reforça cobrança por eficiência

A manutenção da multa demonstra a tentativa da ANEEL de intensificar a cobrança por cumprimento dos prazos regulatórios, já que os resultados do plano de recuperação foram considerados insuficientes para reverter o cenário.