Nesta quinta-feira (2), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, encaminhou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de prisão preventiva e bloqueio de pagamentos de subsídios, cota e verba parlamentar do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março deste ano. A PGR tem até cinco dias para emitir um parecer sobre o texto.

A ação foi movida pelo líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ) e pela deputada Talíria Perone (PSOL/RJ), com a alegação de que Eduardo Bolsonaro articula sanções dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, aliados, ministros, PGR, AGU e ao mercado brasileiro no exterior.

Além disso, no final de setembro, a própria PGR denunciou o deputado e o blogueiro Paulo Renato Figueiredo por coação no curso do processo judicial, em investigações que envolvem ações ocorridas nos Estados Unidos. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, avaliou que a dupla colaborou diretamente para promover sanções contra o Brasil no intuito de levar o Supremo a temer a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pela trama golpista, o que falhou, visto que o Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por envolvimento direto na tentativa de golpe de Estado.