A Operação Slim, deflagrada pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (27), avançou sobre o patrimônio ligado ao médico baiano Gabriel Almeida e resultou na apreensão de diversos materiais, incluindo uma aeronave. A ofensiva ocorre na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco e tem como foco um esquema de produção e comercialização irregular de substâncias farmacêuticas.

Logo nas primeiras horas da ação, agentes vasculharam clínicas, laboratórios e imóveis ligados ao médico e a outros alvos da investigação. No cumprimento dos mandados, foram encontrados relógios de luxo, veículos e a aeronave apreendida, itens que estariam registrados em nome de um suposto laranja. As suspeitas apontam para movimentações patrimoniais incompatíveis com a atividade declarada.

Estrutura clandestina e riscos ao consumidor

Conforme detalhou a PF, as apurações revelaram que o grupo mantinha uma estrutura de fabricação em condições irregulares. 

"O grupo realizava envase, rotulagem e distribuição do produto sem cumprir padrões sanitários e havia indícios de produção em série em escala industrial, prática proibida no modelo de manipulação magistral permitido pela legislação", disse a corporação.

As análises também identificaram a oferta dos produtos por meio de plataformas digitais, sem qualquer controle de qualidade, esterilidade ou rastreabilidade. Segundo a PF, esse tipo de comercialização elevava significativamente o risco sanitário ao consumidor.