A Pol&iacute;cia Federal (PF) apreendeu um v&iacute;deo chamado &ldquo;festa da cueca&rdquo; durante a opera&ccedil;&atilde;o realizada nesta quarta-feira (3), na 13&ordf; Vara da Justi&ccedil;a Federal de Curitiba, material que exp&otilde;e encontros em um hotel de luxo da cidade com presen&ccedil;a de garotas de programa e participa&ccedil;&atilde;o de integrantes da alta magistratura.
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<h2 style="text-align: justify;" data-start="513" data-end="574">Encontros mensais bancados por escrit&oacute;rios</h2>
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Conforme apura&ccedil;&atilde;o inicial, o conte&uacute;do mostra reuni&otilde;es frequentes, financiadas por escrit&oacute;rios de advocacia, que reuniam nomes influentes da Justi&ccedil;a. A descoberta ocorreu no cumprimento da ordem assinada pelo ministro Dias Toffoli, do STF, que investiga o uso indevido de informa&ccedil;&otilde;es confidenciais para pressionar decis&otilde;es judiciais na vara.
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<h2 style="text-align: justify;" data-start="930" data-end="991">Documentos sens&iacute;veis da era pr&eacute; Lava Jato</h2>
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Al&eacute;m do v&iacute;deo, agentes recolheram processos f&iacute;sicos e dossi&ecirc;s antigos, incluindo pap&eacute;is ligados ao empres&aacute;rio Tony Garcia, que atuou como informante em investiga&ccedil;&otilde;es conduzidas por S&eacute;rgio Moro antes da Lava Jato, e dados referentes &agrave; colabora&ccedil;&atilde;o do doleiro Alberto Youssef. Em relat&oacute;rio divulgado pelo CNJ em 2024, Moro foi citado por suposta atua&ccedil;&atilde;o conjunta com Deltan Dallagnol e Gabriela Hardt na tentativa de destinar R$ 2,5 bilh&otilde;es a uma entidade privada, acusa&ccedil;&atilde;o que ele classificou como fic&ccedil;&atilde;o.

A deputada federal Ant&ocirc;nia L&uacute;cia (Republicanos-AC) protagonizou um tumulto na C&acirc;mara Municipal de Rio Preto da Eva (AM) nesta quinta-feira (4). Em v&iacute;deos que circularam nas redes sociais, a parlamentar aparece exaltada, abrindo portas de salas, empurrando funcion&aacute;rias e gritando frases como &ldquo;cad&ecirc; a vagabunda?&rdquo;.
Segundo o portal 3 de Julho Not&iacute;cias, Ant&ocirc;nia L&uacute;cia buscava uma vereadora que, segundo ela, teria um envolvimento com seu marido, o deputado federal e pastor Silas C&acirc;mara (Republicanos-AM). Nas imagens, a deputada afirma ter acionado a <a href="https://www.portalesfera.com.br/politica/estadual/deputado-baiano-tem-nome-citado-na-investigacao-contra-o-banco-master" target="_blank" rel="noopener">Pol&iacute;cia Federal</a> e at&eacute; o Ex&eacute;rcito, enquanto &eacute; contida por servidores e seguran&ccedil;as.
O epis&oacute;dio &eacute; mais um cap&iacute;tulo da crise familiar que Ant&ocirc;nia L&uacute;cia vem expondo publicamente. Ap&oacute;s acusar o marido de trai&ccedil;&atilde;o, ela fez uma live reclamando que ele havia retornado de viagem, mas n&atilde;o estava em casa, em Manaus.
A situa&ccedil;&atilde;o gerou rea&ccedil;&atilde;o da filha do casal, Gabriela C&acirc;mara, que publicou um texto nas redes sociais defendendo o pai, descrevendo-o como um &ldquo;homem de paz&rdquo; e ressaltando suas qualidades pessoais e familiares. Em resposta, Ant&ocirc;nia L&uacute;cia acusou a filha de reproduzir comportamentos semelhantes aos que ela atribui ao marido.

A falta de tempo &eacute; o principal obst&aacute;culo para o consumo de produtos <a href="https://www.portalesfera.com.br/pesquisa?q=cultura" target="_blank" rel="noopener">culturais</a> pelos brasileiros (33%). Em seguida, vem a falta de interesse (29%) e de dinheiro para o consumo (24%).
Os dados s&atilde;o da&nbsp;Pesquisa Nacional sobre Cultura no Brasil, apresentada nesta sexta-feira (5) no&nbsp;Mercado das Ind&uacute;strias Criativas do Brasil (MICBR+Ibero-Am&eacute;rica). O evento &eacute; realizado&nbsp;no Centro Drag&atilde;o do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), na regi&atilde;o central de Fortaleza, at&eacute; domingo (7).
O estudo foi encomendado pelo Minist&eacute;rio da Cultura ao Instituto Nexus, que entrevistou 2.016 pessoas utilizando o mesmo m&eacute;todo das pesquisas eleitorais, para que a amostra represente toda a popula&ccedil;&atilde;o brasileira.
A ministra <a href="https://www.portalesfera.com.br/pesquisa?q=Margareth" target="_blank" rel="noopener">Margareth Menezes </a>destacou que n&atilde;o existiam dados para guiar as pol&iacute;ticas p&uacute;blicas do setor, e que o levantamento vai orientar os investimentos a partir de agora.
&ldquo;Hoje existe uma disputa de espa&ccedil;o de mercado de trabalho, n&atilde;o s&oacute; no Brasil, mas no mundo. E o Brasil tem muito a dar, se n&oacute;s n&atilde;o nos adonarmos disso, produzirmos o que &eacute; nosso, da nossa terra, do nosso pa&iacute;s, ficamos apenas como consumidores. A cultura &eacute; essa ponte para fortalecer essa soberania, voc&ecirc; consegue expressar essa diversidade que &eacute; o povo brasileiro", disse.
<img src="https://gestor-esfera.nvgo.app/assets/a8f6a287-5d31-41a6-8299-3b39fe250ce6.webp?width=463&amp;height=309" alt=" Tomaz Silva/Ag&ecirc;ncia Brasil">
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"O setor cultural e art&iacute;stico brasileiro merece esse respeito e precisa desse espa&ccedil;o e desse reconhecimento, para trazer a riqueza e fazer rodar a economia criativa em cada cidade, em cada estado. A cultura quem faz &eacute; o povo, o que a gente precisa fazer &eacute; ver o que precisa melhorar pra que o acontecimento cultural seja conduzido melhor&rdquo;, completou a ministra.
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<h2>Resultados</h2>
O diretor de Pesquisa do Instituto Nexus, Andr&eacute; J&aacute;como, apresentou os dados. De acordo com ele, a popula&ccedil;&atilde;o enxerga cultura como parte da forma&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica do pa&iacute;s.
&ldquo;Nas respostas notamos uma predomin&acirc;ncia de um sentido amplo para o termo cultura, como um conjunto de valores, cren&ccedil;as, h&aacute;bitos e comportamentos. Bem como as tradi&ccedil;&otilde;es e costumes que formam a nossa identidade. Ningu&eacute;m vive sem cultura, todo mundo tem um gosto pessoal, e a cultura &eacute; relacionada a nossa forma&ccedil;&atilde;o como povo.&rdquo;
<img src="https://gestor-esfera.nvgo.app/assets/344d1b05-f92a-4df3-904f-7d21ab315c4c.webp?width=463&amp;height=309" alt="Tomaz Silva/Ag&ecirc;ncia Brasil">
Andr&eacute; J&aacute;como explicou que foram colhidos dados quantitativos e qualitativos, e os resultados foram surpreendentes. A pesquisa aponta que a m&uacute;sica &eacute; o produto cultural mais consumido, com 53%, seguido de filmes (52%) e s&eacute;ries (40%), ficando &agrave; frente das novelas, que s&atilde;o consumidas por 32% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira.
Quanto &agrave; visita a equipamentos culturais nos 30 dias anteriores, 24% foram a&nbsp;shows&nbsp;ou festivais de m&uacute;sica, 23% a cinemas, 15% a feiras ou festas liter&aacute;rias, 8% a bibliotecas e 7% a teatros. Por outro lado, 47% n&atilde;o souberam ou n&atilde;o responderam a essa pergunta, indicando que quase a metade da popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o visitou nenhum equipamento cultural no per&iacute;odo.
Os dados contrastam com o desejo de visitar um equipamento cultural.&nbsp;Do total, 33% disseram que gostariam de ir ao cinema, 27% a&nbsp;show&nbsp;ou festival de m&uacute;sica e 18%&nbsp;ao teatro. Quanto &agrave;&nbsp;participa&ccedil;&atilde;o em festas populares, o S&atilde;o Jo&atilde;o aparece em primeiro lugar, com 31%, superando os 28% do carnaval.
Quanto ao meio em que os produtos culturais s&atilde;o consumidos,&nbsp;o celular ganha disparado, sendo acessado por 62% da popula&ccedil;&atilde;o. A televis&atilde;o aparece com 53%, e o r&aacute;dio vem em terceiro, com 9%. A pesquisa levantou que o&nbsp;Netflix &eacute; a plataforma de&nbsp;streaming&nbsp;mais acessada no Brasil, com 58%, seguido de YouTube Premium (23%) e Globoplay (21%).
A pesquisa levantou tamb&eacute;m que 34% das pessoas consideram que a cultura brasileira &eacute; valorizada no mundo. Na avalia&ccedil;&atilde;o de 71%,&nbsp;o impacto da cultura &eacute; positivo para a imagem internacional do Brasil. Um total de 84% considera importante o apoio a artistas e a produtores locais e 53% avaliam que a cultura tem import&acirc;ncia na atual agenda do governo federal.
*A equipe viajou a convite do Minist&eacute;rio da Cultura

De cada dez pessoas que recebiam o Bolsa Fam&iacute;lia em 2014, seis conseguiram deixar o programa assistencial nos dez anos seguintes.&nbsp;A constata&ccedil;&atilde;o faz parte do estudo&nbsp;Filhos do <a href="https://www.portalesfera.com.br/pesquisa?q=bolsa+fam%C3%ADlia" target="_blank" rel="noopener">Bolsa Fam&iacute;lia</a>, divulgado nesta sexta-feira (5) pela&nbsp;<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/tags/fgv" target="_blank" rel="noopener">Funda&ccedil;&atilde;o Getulio Vargas (FGV)</a>, no Rio de Janeiro.
O levantamento feito em parceria com o Minist&eacute;rio do Desenvolvimento e Assist&ecirc;ncia Social, Fam&iacute;lia e Combate &agrave; Fome (MDS) mostra tamb&eacute;m que a&nbsp;maior taxa de sa&iacute;da do programa &eacute; dos que eram adolescentes em 2014.
Enquanto a taxa m&eacute;dia de sa&iacute;da dos benefici&aacute;rios foi de 60,68%, entre os jovens de 15 a 17 anos de idade, a propor&ccedil;&atilde;o chega a 71,25%. Ou seja, de cada dez, sete deixaram de precisar da transfer&ecirc;ncia de renda nos dez anos seguintes.
Em seguida, figura a faixa de 11 a 14 anos, com 68,80%. J&aacute; entre as pessoas que tinham at&eacute; 4 anos de idade, a propor&ccedil;&atilde;o das que deixam o programa no intervalo de uma d&eacute;cada foi de 41,26%.
O p&uacute;blico avaliado na pesquisa &eacute; classificado como a &ldquo;segunda gera&ccedil;&atilde;o&rdquo; do programa criado em 2003.
<h2>Mobilidade social</h2>
Autor do estudo, o professor de economia da FGV Valdemar Rodrigues de Pinho Neto classifica o Bolsa Fam&iacute;lia n&atilde;o s&oacute; como um al&iacute;vio dos efeitos da pobreza imediata, mas tamb&eacute;m como forma de mobilidade social.
Ele destaca a import&acirc;ncia das condicionalidades de sa&uacute;de e educa&ccedil;&atilde;o, como a obrigatoriedade de o respons&aacute;vel manter crian&ccedil;as na escola, cobertura vacinal em dia e realiza&ccedil;&atilde;o de exame pr&eacute;-natal.
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&ldquo;Transfer&ecirc;ncia de renda e, ao mesmo tempo, viabilizar o fomento de capital humano desses jovens, para que no futuro, tendo oportunidades de trabalho, de empreendedorismo, eles consigam acessar o setor produtivo, ter melhores condi&ccedil;&otilde;es socioecon&ocirc;micas e, de certa forma, viabilizar essa mobilidade&rdquo;, diz.
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O pesquisador aponta que a sa&iacute;da de pessoas do Bolsa Fam&iacute;lia &eacute; fator determinante para a continuidade da pol&iacute;tica social.
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&ldquo;No contexto de recursos escassos para o governo, saber que os filhos do Bolsa Fam&iacute;lia n&atilde;o necessariamente estar&atilde;o presentes no programa no futuro, de certa forma, diz um pouco tamb&eacute;m a respeito da pr&oacute;pria sustentabilidade do programa".
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Valdemar Neto assinala que as pessoas que deixaram o Bolsa Fam&iacute;lia n&atilde;o ficaram desprotegidas.&nbsp;No grupo dos que tinham 15 a 17 anos em 2014, 28,4% tinham v&iacute;nculo formal de emprego dez anos depois; e mais da metade (52,67%) tinha deixado o Cadastro &Uacute;nico (Cad&Uacute;nico), porta de entrada para programas sociais do governo, voltado &agrave; popula&ccedil;&atilde;o mais vulner&aacute;vel.
A pesquisa buscou informa&ccedil;&otilde;es do mercado formal de trabalho por meio da&nbsp;<a href="https://www.rais.gov.br/sitio/index.jsf" target="_blank" rel="noopener">Rela&ccedil;&atilde;o Anual de Informa&ccedil;&otilde;es Sociais (Rais)</a>, do Minist&eacute;rio do Trabalho e Emprego, declara&ccedil;&atilde;o anual obrigat&oacute;ria que as empresas enviam ao governo para registrar dados sobre trabalhadores.
<h2>Situa&ccedil;&atilde;o ao redor</h2>
A pesquisa concluiu que o ambiente socioecon&ocirc;mico no qual est&atilde;o inseridos os benefici&aacute;rios do Bolsa Fam&iacute;lia influenciou a taxa de sa&iacute;da do programa no per&iacute;odo de 2014 a 2025.
Entre outras constata&ccedil;&otilde;es, o levantamento aponta que:
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<li>Em &aacute;reas urbanas, a taxa de sa&iacute;da de jovens de 6 a 17 anos (67%) supera a de regi&otilde;es rurais (55%);</li>
<li>Jovens de 6 a 17 anos em fam&iacute;lias na qual a pessoa de refer&ecirc;ncia tem emprego com carteira t&ecirc;m taxa de sa&iacute;da (79,40%) superior &agrave; de quem trabalha sem carteira (57,51%) e por conta pr&oacute;pria (65,54%);</li>
<li>Jovens de 6 a 17 anos em fam&iacute;lias na qual a pessoa de refer&ecirc;ncia tem ensino m&eacute;dio t&ecirc;m taxa de sa&iacute;da (70%)&nbsp;acima de quando a escolaridade &eacute; apenas fundamental completo (65,31%).</li>
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&ldquo;Pais que t&ecirc;m mais acesso &agrave; educa&ccedil;&atilde;o conseguem romper a pobreza que a gente chama de pobreza intergeracional. Ent&atilde;o, filhos de pais mais educados, obviamente, tamb&eacute;m conseguem sair mais do programa&rdquo;, avalia Neto.
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<h2>Dif&iacute;cil estudar com fome</h2>
O ministro do Desenvolvimento e Assist&ecirc;ncia Social, Fam&iacute;lia e Combate &agrave; Fome, Wellington Dias, comemorou os n&uacute;meros de sa&iacute;da do programa e afirmou que &ldquo;o Bolsa Fam&iacute;lia n&atilde;o &eacute; um fim, mas um come&ccedil;o&rdquo;.
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&ldquo;&Eacute; muito dif&iacute;cil dar passos largos sem tirar da fome. &Eacute; dif&iacute;cil estudar se n&atilde;o tirar da fome. &Eacute; dif&iacute;cil trabalhar se n&atilde;o tirar da fome. Esse passo justifica os mais pobres no Or&ccedil;amento&rdquo;, afirma.
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<h2>Tend&ecirc;ncia recente</h2>
O estudo da FGV traz dados do Novo Bolsa Fam&iacute;lia, a vers&atilde;o atual do programa, iniciada em 2023.
Entre os benefici&aacute;rios observados no in&iacute;cio de 2023, cerca de um ter&ccedil;o (31,25%) j&aacute; n&atilde;o estava mais no programa em outubro de 2025. Entre jovens de 15 a 17 anos, a sa&iacute;da &eacute; ainda mais elevada nos tr&ecirc;s anos: 42,59%
Nesse per&iacute;odo, a entrada mensal de fam&iacute;lias no programa (359 mil em m&eacute;dia) fica abaixo da m&eacute;dia de sa&iacute;da, 447 mil.
&ldquo;J&aacute; oferece uma ideia do que a gente pode esperar na d&eacute;cada seguinte&rdquo;, aponta Valdemar Pinho Neto.
&ldquo;Assim como a [taxa de sa&iacute;da da] segunda gera&ccedil;&atilde;o foi melhor que a da primeira, a terceira espera-se que seja melhor que a da segunda&rdquo;.
A pesquisa da FGV foi divulgada na mesma semana em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) revelou que mais de 8,6 milh&otilde;es de brasileiros&nbsp;<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2025-12/mais-de-86-milhoes-deixam-pobreza-brasil-tem-melhor-nivel-desde-2012" target="_blank" rel="noopener">deixaram a linha da pobreza</a>&nbsp;em 2024, reduzindo a propor&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o na pobreza para 23,1%, a menor j&aacute; registrada desde 2012, quando come&ccedil;ou a s&eacute;rie hist&oacute;rica do instituto.
O mercado de trabalho aquecido e programas sociais foram apontados como motivos da redu&ccedil;&atilde;o no n&uacute;mero de pobres.
<h2>Mecanismo de autonomia</h2>
O pesquisador Valdemar Pinho Neto enfatizou a import&acirc;ncia de duas caracter&iacute;sticas da nova vers&atilde;o do programa.
Um &eacute; a regra de prote&ccedil;&atilde;o, que n&atilde;o tira automaticamente da lista de benefici&aacute;rios a pessoa que conseguiu emprego. H&aacute; um per&iacute;odo de adapta&ccedil;&atilde;o e a garantia de que ela poder&aacute; voltar a ser atendida, sem fila de espera, caso perca o emprego.
O outro &eacute; o Programa Acredita, que oferece microcr&eacute;dito para apoiar empreendedores de baixa renda.
&ldquo;A ideia &eacute; que a transi&ccedil;&atilde;o do Bolsa Fam&iacute;lia para o mercado de trabalho seja algo mais suave e n&atilde;o uma decis&atilde;o muito dr&aacute;stica na vida dos benefici&aacute;rios&rdquo;, salienta o professor.
<h2>Bolsa Fam&iacute;lia</h2>
O&nbsp;<a href="https://www.gov.br/pt-br/servicos/receber-o-bolsa-familia" target="_blank" rel="noopener">crit&eacute;rio inicial&nbsp;</a>para uma pessoa ser benefici&aacute;ria do Bolsa Fam&iacute;lia &eacute; ter renda mensal familiar de at&eacute; R$ 218 por pessoa (quanto a fam&iacute;lia ganha por m&ecirc;s, dividido pelo n&uacute;mero de pessoas).
O benef&iacute;cio base &eacute; de R$ 600, que pode ser aumentado em casos de haver crian&ccedil;a e gr&aacute;vida na fam&iacute;lia, por exemplo. O valor m&eacute;dio do benef&iacute;cio est&aacute; em R$ 683,28. Em novembro, o programa tinha 18,65 milh&otilde;es de fam&iacute;lias e custava R$ 12,69 bilh&otilde;es.

Dos 68 mil hectares em que h&aacute; explora&ccedil;&atilde;o madeireira no <a href="https://www.portalesfera.com.br/pesquisa?q=amazonia" target="_blank" rel="noopener">Amazonas</a>, 42 mil n&atilde;o tinham autoriza&ccedil;&atilde;o dos &oacute;rg&atilde;os ambientais para a atividade, de acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira (5) pelo instituto de pesquisa Imazon. Isso significa que 62% da &aacute;rea com retirada de madeira no estado &eacute; ilegal.
Realizada anualmente pela Rede Simex, composta por tr&ecirc;s organiza&ccedil;&otilde;es ambientais - ICV, Imaflora e Imazon -, a pesquisa mapeou a extra&ccedil;&atilde;o madeireira no estado por meio de imagens de sat&eacute;lite e cruzou com as autoriza&ccedil;&otilde;es para a atividade emitidas pelos &oacute;rg&atilde;os ambientais, abrangendo o per&iacute;odo de agosto de 2023 a julho de 2024.
Em rela&ccedil;&atilde;o ao levantamento passado (agosto/2022- julho/2023), quando 38 mil hectares tiveram explora&ccedil;&atilde;o de madeira sem autoriza&ccedil;&atilde;o, houve um <a href="https://www.portalesfera.com.br/pesquisa?q=desmatamento" target="_blank" rel="noopener">aumento de 9% na &aacute;rea com retirada ilegal.</a>
Pesquisadora do Programa de Monitoramento da Amaz&ocirc;nia do Imazon, Camila Damasceno avalia que a alta &eacute; extremamente preocupante j&aacute; que a explora&ccedil;&atilde;o ilegal de madeira acaba financiando outros crimes ambientais, como as queimadas e o desmatamento.&nbsp;
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&ldquo;Al&eacute;m disso, tamb&eacute;m prejudica o mercado legalizado de madeira, que faz a remo&ccedil;&atilde;o das &aacute;rvores por meio do manejo florestal sustent&aacute;vel e gera empregos e impostos para o Amazonas&rdquo;, acrescentou.
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Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; explora&ccedil;&atilde;o de madeira autorizada, o Amazonas passou de 11,3 mil hectares entre agosto de 2022 e julho de 2023 para 26,1 mil hectares entre agosto de 2023 e julho de 2024, o que representa uma alta de 131%.
<h2>Boca do Acre</h2>
Apenas dois munic&iacute;pios do sul do estado - Boca do Acre e L&aacute;brea - concentram 75% de toda a explora&ccedil;&atilde;o de madeira ilegal do Amazonas. L&iacute;der do ranking, Boca do Acre teve 20,5 mil hectares de explora&ccedil;&atilde;o irregular, enquanto L&aacute;brea teve 10,9 mil hectares com retirada de madeira ilegal.
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&ldquo;Esses munic&iacute;pios ficam dentro da regi&atilde;o de expans&atilde;o agropecu&aacute;ria chamada de Amacro, na divisa do Amazonas com o Acre e com Rond&ocirc;nia. Por isso, alertamos que a extra&ccedil;&atilde;o de madeira nesses territ&oacute;rios pode indicar o desmatamento futuro para a grilagem ou para a produ&ccedil;&atilde;o de gr&atilde;os e de gado, o que refor&ccedil;a a necessidade de ampliar a fiscaliza&ccedil;&atilde;o nesses munic&iacute;pios e barrar a entrada de produtos ilegais no mercado&rdquo;, alertou Camila.
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<h2>Terras protegidas</h2>
A explora&ccedil;&atilde;o ilegal de madeira, afirmou a pesquisadora, invade &aacute;reas protegidas do estado, como terras ind&iacute;genas e unidades de conserva&ccedil;&atilde;o, o que &eacute; uma preocupa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o apenas em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; degrada&ccedil;&atilde;o ambiental, mas &agrave; sobreviv&ecirc;ncias das comunidades que ocupam esses locais.
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&ldquo;A entrada de invasores para retirada de madeira desses territ&oacute;rios amea&ccedil;a os povos e comunidades tradicionais, que dependem da floresta em p&eacute; para manter seu modo de vida&rdquo;, explicou Camila.
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O levantamento apontou que 13% da retirada de madeira irregular (5,6 mil hectares) ocorreu em &aacute;reas protegidas, sendo 9% em terras ind&iacute;genas (3,9 mil hectares) e 4% em unidades de conserva&ccedil;&atilde;o (1,6 mil hectares).&nbsp;Houve queda de 19% na explora&ccedil;&atilde;o ilegal em &aacute;reas protegidas em rela&ccedil;&atilde;o ao estudo anterior, quando foram mapeados 6,9 mil hectares, dos quais 6,4 mil em terras ind&iacute;genas.
Apesar da redu&ccedil;&atilde;o, a retirada irregular atingiu uma &aacute;rea superior a 5 mil campos de futebol dentro das &aacute;reas protegidas. O Imazon ressalta que, al&eacute;m das emiss&otilde;es de carbono resultantes da degrada&ccedil;&atilde;o, h&aacute; perda de biodiversidade e conflitos sociais com a extra&ccedil;&atilde;o ilegal de madeira.
Os im&oacute;veis rurais presentes em bancos de dados p&uacute;blicos, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o Sistema de Gest&atilde;o Fundi&aacute;ria (Sigef) e o Programa Terra Legal, foram respons&aacute;veis por 32,5 mil hectares da &aacute;rea com explora&ccedil;&atilde;o irregular de madeira, o que representa 77% do total. Segundo avalia&ccedil;&atilde;o do Imazon, esse resultado mostra que os &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos t&ecirc;m dados para fiscalizar e punir a atividade ilegal nessas &aacute;reas.&nbsp;
Outra categoria que chamou a aten&ccedil;&atilde;o dos pesquisadores em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; retirada ilegal de madeira no Amazonas &eacute; a de florestas p&uacute;blicas n&atilde;o destinadas (FPNDs), com 3,3 mil hectares (8%). As FPNDs s&atilde;o&nbsp;&aacute;reas de floresta de dom&iacute;nio p&uacute;blico (Uni&atilde;o, estados ou munic&iacute;pios) que ainda n&atilde;o tiveram seu uso oficialmente definido, seja como unidade de conserva&ccedil;&atilde;o ou terra ind&iacute;gena.
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&ldquo;Por isso, destinar essas terras a povos e comunidades tradicionais ou &agrave; conserva&ccedil;&atilde;o &eacute; uma a&ccedil;&atilde;o urgente de prote&ccedil;&atilde;o do patrim&ocirc;nio p&uacute;blico e ambiental dos amazonenses e dos brasileiros&rdquo;, concluiu o instituto.
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