Um laudo médico confirmou que o operário Willian Santos de Oliveira, de 30 anos, morreu após ser atingido na cabeça por uma barra de ferro que despencou do 13º andar de um prédio em construção no Horto Florestal, área nobre de Salvador. O caso ocorreu na obra do edifício de alto padrão Poème Horto, da construtora Moura Dubeux, e está sob investigação da 6ª Delegacia Territorial (Brotas) e do Ministério Público do Trabalho (MPT).

De acordo com o documento de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), assinado pelo médico Wellinson Ribeiro da Silva, o trabalhador sofreu traumatismo craniano. O acidente aconteceu por volta das 14h, cerca de seis horas após o início do expediente. Willian estava no pavimento do playground quando foi atingido pela peça metálica, que caiu do alto da torre de 36 andares.

Colegas de trabalho levaram o operário ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde ele passou por duas cirurgias, mas não resistiu. A família da vítima alega que a empresa não acionou o Samu para o resgate e que faltou assistência adequada no socorro imediato.

“Willian foi retirado do local sem o Samu. Soubemos que o técnico de segurança da obra sequer apareceu, e que ele foi socorrido pelos próprios colegas. A empresa não entrou em contato após o funeral nem prestou ajuda depois do sepultamento”, relatou o tio da vítima, Jadson Oliveira, que informou que a família pretende ingressar com ação judicial contra a construtora.

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Inicialmente, testemunhas informaram à polícia que o operário havia caído de uma altura de 30 metros, versão que foi registrada no boletim de ocorrência, mas contestada pelos familiares desde o início.

Em nota, a Moura Dubeux afirmou lamentar a morte do funcionário e informou que está prestando assistência aos familiares, incluindo auxílio velório, seguro de vida e transporte para parentes e amigos.

“Logo após o acidente, o colaborador foi levado imediatamente ao Hospital Geral do Estado, onde infelizmente veio a óbito. A empresa, junto ao condomínio, vem prestando toda a assistência necessária à família”, declarou a construtora.

A Moura Dubeux acrescentou ainda que a obra foi paralisada e que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

“Reafirmamos nosso compromisso com a segurança, a transparência e o respeito à vida, seguindo rigorosamente todas as normas legais e medidas de proteção coletiva e individual em nossos projetos”, finaliza o comunicado.