As fortes chuvas que atingiram Salvador nesta quinta, 20, feriado da Consci&ecirc;ncia Negra, resultaram em danos espalhados por diferentes regi&otilde;es da cidade. Ruas ficaram tomadas pela &aacute;gua e moradores enfrentaram transtornos desde o in&iacute;cio da tarde.
Logo ap&oacute;s os primeiros acumulados, diversos pontos sofreram com alagamentos, entre eles Iguatemi, Lucaia e Vale do Canela. Bairros como Federa&ccedil;&atilde;o, Barra e Rio Vermelho tamb&eacute;m registraram ocorr&ecirc;ncias, al&eacute;m de um deslizamento de terra com queda de &aacute;rvore na Avenida Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es.
Al&eacute;m da extens&atilde;o dos danos, os n&uacute;meros refor&ccedil;aram a gravidade do cen&aacute;rio. Conforme dados da Defesa Civil, o volume chegou a 80 mil&iacute;metros em apenas uma hora, equivalente a mais de setenta por cento do previsto para todo o m&ecirc;s de novembro, que tem m&eacute;dia hist&oacute;rica de 108,2 mil&iacute;metros.
<h2 data-start="1048" data-end="1093">Cidades em alerta</h2>
Enquanto o temporal avan&ccedil;ava por diferentes regi&otilde;es, a Codesal manteve equipes em regime de plant&atilde;o cont&iacute;nuo. A orienta&ccedil;&atilde;o do &oacute;rg&atilde;o &eacute; clara, em situa&ccedil;&otilde;es de risco, moradores devem sair imediatamente do local e acionar o 199, canal direto para atendimento emergencial.
At&eacute; a &uacute;ltima atualiza&ccedil;&atilde;o desta reportagem, o sistema de monitoramento contabilizava onze ocorr&ecirc;ncias. As mais comuns eram amea&ccedil;as de desabamento, infiltra&ccedil;&otilde;es e desabamento de muros, al&eacute;m de registros de destelhamento e orienta&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas. Entre as &aacute;reas mais afetadas estavam Centro, Brotas e Pau da Lima.
<h2 data-start="1674" data-end="1724">Impactos nos bairros e suspens&atilde;o de travessias</h2>
Com o avan&ccedil;o da &aacute;gua, moradores de Calabar e Sussuarana relataram invas&atilde;o em casas e perdas materiais. Na rua Xang&ocirc;, em Itapu&atilde;, m&oacute;veis foram destru&iacute;dos e usados para tentar proteger eletrodom&eacute;sticos e animais de estima&ccedil;&atilde;o. Em Tancredo Neves, uma loja de enxovais foi tomada pela enxurrada e um carro ficou parcialmente submerso.
Al&eacute;m dos transtornos em terra, o mau tempo interrompeu as travessias mar&iacute;timas entre Salvador e Mar Grande, e entre a capital e Morro de S&atilde;o Paulo. A suspens&atilde;o foi anunciada pela Capitania dos Portos e n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o de retomada.
Da mesma forma, as proje&ccedil;&otilde;es meteorol&oacute;gicas indicam continuidade da instabilidade. O Instituto Nacional de Meteorologia manteve alertas laranja e amarelo v&aacute;lidos at&eacute; o fim da tarde. Para Salvador, o acumulado previsto chega a cem mil&iacute;metros, com risco de alagamentos, deslizamentos e transbordamentos de rios.

A quinta em Salvador foi marcada por volumes excepcionais de chuva que mobilizaram toda a Defesa Civil da capital. Em v&iacute;deo divulgado como nota oficial, o gestor da Codesal, Sosthenes Mac&ecirc;do, detalhou a intensidade do temporal e refor&ccedil;ou orienta&ccedil;&otilde;es de seguran&ccedil;a.
De acordo com o Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil, cerca de 80 mil&iacute;metros de precipita&ccedil;&atilde;o ca&iacute;ram em apenas uma hora. A t&iacute;tulo de compara&ccedil;&atilde;o, a m&eacute;dia hist&oacute;rica para todo o m&ecirc;s de novembro &eacute; de 108,2 mil&iacute;metros, o que evidencia a for&ccedil;a da instabilidade clim&aacute;tica registrada hoje.
Em bairros como Barra, Nordeste e Amaralina, os acumulados ultrapassaram 50 mil&iacute;metros na &uacute;ltima hora. Diante desse cen&aacute;rio, Mac&ecirc;do afirmou que todas as equipes est&atilde;o em regime permanente de plant&atilde;o, atuando ao longo de todo o dia para atender ocorr&ecirc;ncias relacionadas ao mau tempo.
Equipes em campo e alerta refor&ccedil;ado
Com o volume de chuva acima do esperado, as opera&ccedil;&otilde;es de vistoria e atendimento foram ampliadas para reduzir riscos &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. A Defesa Civil permanece monitorando &aacute;reas vulner&aacute;veis, com t&eacute;cnicos distribu&iacute;dos por diversos pontos da cidade.
Orienta&ccedil;&otilde;es de seguran&ccedil;a para moradores
Sosthenes Mac&ecirc;do destacou a import&acirc;ncia de que moradores em &aacute;reas de risco n&atilde;o hesitem diante de sinais de instabilidade. Em caso de qualquer amea&ccedil;a, a orienta&ccedil;&atilde;o &eacute; se afastar imediatamente do local e acionar o n&uacute;mero 199, aguardando a chegada da equipe t&eacute;cnica para avalia&ccedil;&atilde;o e medidas de prote&ccedil;&atilde;o.

O mau tempo n&atilde;o desanimou quem foi ao Centro Hist&oacute;rico de Salvador acompanhar a grava&ccedil;&atilde;o do novo projeto de L&eacute;o Santana nesta quinta, 20. A Pra&ccedil;a Maria Felipa recebeu uma multid&atilde;o desde o in&iacute;cio da tarde, reunida para assistir ao show gratuito do cantor.
Logo ap&oacute;s o p&uacute;blico come&ccedil;ar a ocupar a &aacute;rea, a movimenta&ccedil;&atilde;o ganhou for&ccedil;a por volta das 15h, hor&aacute;rio marcado para a concentra&ccedil;&atilde;o. A grava&ccedil;&atilde;o do audiovisual &ldquo;L&eacute;o Santana, DNA de Gigante&rdquo; estava prevista para iniciar &agrave;s 16h em frente ao Mercado Modelo, cen&aacute;rio simb&oacute;lico para celebrar os 20 anos de carreira do artista.
Enquanto a chuva seguia firme, muita gente apostou em capas improvisadas, guarda chuvas ou, simplesmente, enfrentou a &aacute;gua sem nenhuma prote&ccedil;&atilde;o. A vibra&ccedil;&atilde;o dos f&atilde;s refletia a expectativa pelo novo registro do cantor, mesmo sob condi&ccedil;&otilde;es pouco favor&aacute;veis.
<h2 data-start="1092" data-end="1129">Evento confirmado apesar da chuva</h2>
Questionada sobre a possibilidade de cancelamento por causa do clima, a assessoria de L&eacute;o Santana confirmou que a grava&ccedil;&atilde;o est&aacute; mantida. A produ&ccedil;&atilde;o segue monitorando a situa&ccedil;&atilde;o no local e refor&ccedil;a que o evento continua conforme o planejado.
<video controls="controls" width="300" height="150"><source src="https://gestor-esfera.nvgo.app/assets/93c0b5a5-1e29-47c0-865c-354b88df3b82" type="video/mp4"></video>
V&iacute;deo: Marci &nbsp;Santos
&nbsp;

A noite de quarta feira, 19, terminou com alagamentos em Araci, cidade localizada a cerca de 100 km de Feira de Santana, ap&oacute;s uma chuva intensa atingir diversos bairros e deixar moradores ilhados dentro de casa, com &aacute;gua na altura do joelho. A Defesa Civil municipal acompanhou as ocorr&ecirc;ncias desde os primeiros chamados.
Com a manh&atilde; desta quinta, 20, as equipes da prefeitura informaram que n&atilde;o houve registros de acidentes graves, embora secretarias municipais tenham sido mobilizadas para atuar nas &aacute;reas de risco e reduzir preju&iacute;zos. A opera&ccedil;&atilde;o preventiva segue ativa devido &agrave; previs&atilde;o de novos temporais.
Em resposta &agrave; instabilidade clim&aacute;tica, a gest&atilde;o municipal montou abrigos provis&oacute;rios no Centro Paroquial, na Escola Nilton Santiago, e na Escola Erasmo, garantindo acolhimento imediato para fam&iacute;lias que precisarem sair de casa por medida de seguran&ccedil;a.
<h2 data-start="1299" data-end="1362">Regi&atilde;o de Feira registra instabilidade e impactos distintos</h2>
Enquanto Araci enfrentou os maiores problemas, cidades como Riach&atilde;o do Jacu&iacute;pe e Biritinga tamb&eacute;m tiveram chuvas volumosas, por&eacute;m sem alagamentos. A condi&ccedil;&atilde;o meteorol&oacute;gica, segundo especialistas, est&aacute; associada a um corredor de umidade que avan&ccedil;a pelo estado.
A instabilidade clim&aacute;tica deve se espalhar por toda a Bahia at&eacute; o fim do dia. A tend&ecirc;ncia &eacute; de novos epis&oacute;dios de chuva forte, acompanhados de rajadas de vento e descargas el&eacute;tricas em algumas regi&otilde;es.
<h2 data-start="1828" data-end="1885">Alertas do Inmet abrangem todos os munic&iacute;pios baianos</h2>
Dois avisos de chuva foram emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia para esta quinta. O alerta laranja inclui 116 cidades, entre elas Salvador e Feira de Santana, com previs&atilde;o de at&eacute; 100 mm de chuva por dia e risco elevado de alagamentos e deslizamentos.
J&aacute; o alerta amarelo abrange todos os 417 munic&iacute;pios baianos, com expectativa de 50 mm de chuva di&aacute;ria e ventos que podem alcan&ccedil;ar 60 km por hora. O n&iacute;vel de risco &eacute; considerado menor, por&eacute;m ainda inclui possibilidade de cortes de energia, quedas de galhos e pontos de alagamento.

Uma opera&ccedil;&atilde;o articulada entre o Instituto Chico Mendes (ICMBio) e as Pol&iacute;cias Federal e Pol&iacute;cia Especializada da Caatinga desarticulou mais de 150 &aacute;reas de garimpo ilegal espalhadas pelo Parque Nacional do Boqueir&atilde;o da On&ccedil;a, no munic&iacute;pio de<a href="https://www.portalesfera.com.br/bahia/interior" target="_blank" rel="noopener"> Sento S&eacute;</a>, regi&atilde;o norte da Bahia. De acordo com a administra&ccedil;&atilde;o do parque, o local tem 347 mil hectares preservados de vegeta&ccedil;&atilde;o da caatinga, al&eacute;m de abrigar esp&eacute;cies nativas amea&ccedil;adas, como a on&ccedil;a-parda e pintada, o tat&uacute;-bola, o tamandu&aacute;-bandeira e a arara-azul-de Lear.
A identifica&ccedil;&atilde;o dos garimpos ilegais foi poss&iacute;vel gra&ccedil;as a imagens de sat&eacute;lite e drones de monitoramento instalados no parque, para investigar a a&ccedil;&atilde;o dos garimpeiros. Desde 2018, a &aacute;rea do Boqueir&atilde;o da On&ccedil;a &eacute; embargada, ou seja, proibida de qualquer atividade em que foram identificadas infra&ccedil;&otilde;es ambientais como desmatamento ilegal ou uso inadequado do solo.
Segundo a ICMBio, o parque passou a ser alvo maior entre os garimpeiros a partir do ano de 2017, quando uma pedra do tipo ametista foi encontrada no local, o que gerou aten&ccedil;&atilde;o na regi&atilde;o.
<img src="https://gestor-esfera.nvgo.app/assets/d0716270-1003-4ded-a41f-52a26ff894b7.jpg?width=1280&amp;height=800" alt="Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Instituto Chico Mendes ">
Al&eacute;m da import&acirc;ncia para a conserva&ccedil;&atilde;o da vegeta&ccedil;&atilde;o da Caatinga e de esp&eacute;cies amea&ccedil;adas, o Parque Nacional do Boqueir&atilde;o da On&ccedil;a concentra tamb&eacute;m diversos s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos e paleontol&oacute;gicos, com a presen&ccedil;a de pinturas rupestres, sendo reconhecido como um importante local de registro hist&oacute;rico e cultural.