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Glicose alta acelera danos e aumenta riscos cardiovasculares

Especialista explica ligação entre diabetes e o coração

Por: Victor Hugo Ribeiro

16/08/202516:00

A diabetes é uma condição crônica que afeta a saúde de milhões de pessoas globalmente, exigindo um controle rigoroso da glicemia e da rotina diária. É amplamente conhecido que a doença aumenta o risco de eventos cardiovasculares graves, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), mas a razão para essa conexão vai além da simples presença da doença.

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Foto: Reprodução/Freepik

Segundo um especialista, o motivo principal é o dano causado pela glicose alta de forma contínua. Essa condição crônica favorece a formação de substâncias nocivas e o estresse oxidativo, deteriorando a camada interna dos vasos sanguíneos, conhecida como endotélio.

O médico compara o efeito da glicose a um desgaste contínuo das artérias, que ficam mais vulneráveis ao acúmulo de gordura. Com o tempo, essas placas se formam em um processo chamado aterosclerose, que pode levar à obstrução do fluxo sanguíneo e, consequentemente, a ataques cardíacos e derrames.

Além do açúcar elevado, a diabetes raramente age sozinha. Ela costuma vir acompanhada de outros fatores de risco, como pressão alta, colesterol alterado, excesso de peso e sedentarismo, que se somam para intensificar o perigo para a saúde do coração.

A importância do controle e os diferentes tipos de risco

O monitoramento dos níveis de açúcar no sangue é fundamental não apenas para evitar sintomas imediatos como fadiga e sede, mas principalmente para prevenir complicações a longo prazo, como sérios danos ao coração, rins e olhos.

É importante notar que o risco cardiovascular varia entre os tipos de diabetes. No tipo 2, que é o mais comum, a combinação de resistência à insulina, obesidade e outros fatores metabólicos elevam o risco de forma considerável.

Já no tipo 1, a ameaça está mais ligada ao tempo de exposição à glicose alta, já que a doença geralmente se manifesta na infância. Mesmo com um bom controle, um especialista ressalta que o risco residual pode ser maior, especialmente para quem convive com a doença há muitos anos. Em ambos os casos, a presença de outros problemas como hipertensão ou colesterol alto intensifica o perigo ao longo da vida.