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Toffoli rejeita pedido da PGR e confirma acareação no caso Banco Master

Audiência entre empresário, ex-presidente do BRB e diretor do BC está mantida para terça (30)

Por: Redação

25/12/202514:05Atualizado

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a acareação no âmbito das investigações envolvendo o Banco Master e negou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para suspender a medida. A audiência segue marcada para a próxima terça-feira (30).

Foto Toffoli rejeita pedido da PGR e confirma acareação no caso Banco Master
Foto: Gustavo Moreno/STF

Devem participar do confronto de versões o controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino.

A PGR havia solicitado o adiamento sob o argumento de que a acareação poderia expor provas ainda em fase de coleta e comprometer linhas investigativas, já que o procedimento corre sob sigilo. Para o órgão, a medida seria prematura, pois os envolvidos ainda não foram ouvidos individualmente e a análise do material apreendido não foi concluída.

Apesar disso, Toffoli avaliou que há necessidade imediata de esclarecimento das informações prestadas pelas partes intimadas. Segundo o ministro, os elementos já reunidos na investigação, inclusive dados de conhecimento público, justificam a realização da acareação neste momento.

A decisão foi tomada de ofício, sem solicitação prévia da Polícia Federal ou da própria PGR, o que foge ao procedimento mais comum em investigações desse tipo.

Dos três convocados, Vorcaro e Paulo Henrique Costa figuram como investigados. Já Ailton de Aquino não é alvo do inquérito e foi chamado para prestar esclarecimentos técnicos sobre as etapas que antecederam a liquidação do Banco Master, incluindo os processos de fiscalização do Banco Central e eventuais atrasos na atuação do órgão regulador.

O Banco Central, responsável pela supervisão e liquidação de instituições financeiras, já havia emitido alertas ao Banco Master antes da intervenção, que, segundo as apurações, não teriam sido cumpridos.