Ministro baiano Bruno Dantas é cotado para vaga de Barroso no STF
Aposentadoria de Barroso abre disputa por nova indicação; pressão cresce para que Lula escolha uma mulher para o Supremo
Por: Redação
10/10/2025 • 10:00
O anúncio da aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), feito durante a sessão plenária da última quinta-feira (9), deu início a uma nova rodada de especulações sobre quem ocupará a vaga deixada pelo magistrado. Entre os nomes mais comentados está o do baiano Bruno Dantas, atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
De acordo com o procedimento constitucional, cabe ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), indicar o sucessor. O nome escolhido é submetido à sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, composta por 27 membros. Após a avaliação, o colegiado elabora um parecer que, se aprovado por maioria simples e voto secreto, segue para análise no plenário da Casa. A indicação precisa do aval de ao menos 41 dos 81 senadores para ser confirmada.
Além de Bruno Dantas, outros três nomes aparecem entre os mais cotados e próximos do presidente Lula. O primeiro é Jorge Messias, atual Advogado-Geral da União (AGU), de 45 anos, que já atuou como subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil. Outro nome forte é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de 48 anos, que presidiu o Senado Federal entre 2021 e 2025.
O terceiro é Vinicius de Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), de 47 anos, que comandou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) entre 2012 e 2016.
Já o baiano Bruno Dantas, de 47 anos, natural de Salvador, foi presidente do TCU de julho de 2022 a dezembro de 2024. Dantas tem forte trânsito político em Brasília, sendo próximo de Renan Calheiros (MDB-AL), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Pressão por uma mulher no Supremo
Apesar dos nomes masculinos em evidência, cresce a pressão para que Lula indique uma mulher à vaga deixada por Barroso. Atualmente, o Supremo conta apenas com uma ministra, Cármen Lúcia, após a saída de Rosa Weber, substituída por Flávio Dino.
Nesse cenário, o nome da presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth, surge como alternativa. Embora considerada uma opção “fora do radar” principal, sua indicação poderia representar um gesto político em favor da representatividade feminina na mais alta Corte do país.
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