O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que possui todas as credenciais para representar a direita na disputa presidencial de 2026 e afirmou ter um diferencial que, segundo ele, nenhum outro pré-candidato do campo conservador carrega: o próprio sobrenome.

“Atendo a todos os requisitos, com a vantagem de que tenho o sobrenome Bolsonaro”, disse.

Durante a entrevista, o parlamentar afirmou que pretende apresentar uma versão mais moderada de si mesmo, destacando diferenças de posicionamento em relação ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Tenho o sangue Bolsonaro, mas nenhum ser humano é igual ao outro. Em vários momentos, ele tinha um entendimento, eu tinha outro. Ele não quis tomar vacina; eu tomei duas doses. Vocês verão um Bolsonaro centrado, equilibrado e com opiniões próprias”, afirmou.

Candidatura é “irreversível”, mas depende do pai

Flávio reafirmou que sua candidatura está mantida, a menos que Jair Bolsonaro seja autorizado pela Justiça Eleitoral a concorrer.

“A condição é: Bolsonaro tem que estar livre e nas urnas”, reforçou.

Ele também criticou propostas em discussão no Congresso, afirmando que elas poderiam estender a condição jurídica do ex-presidente por mais dois anos.

“Em mais dois anos, já haverá presidente e Congresso novos, e eu não preciso mais desse projeto”, afirmou.

O senador acrescentou ainda que, caso seja aprovada uma anistia ampla que beneficie o ex-presidente e outros investigados, ele desistirá da disputa. “Se votar anistia total, que coloque Bolsonaro e outras centenas livres, e Bolsonaro nas urnas, não sou candidato. É meu sonho, inclusive.”

Aliança com Tarcísio de Freitas

Flávio Bolsonaro também afastou qualquer possibilidade de confronto eleitoral com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele afirmou que ambos têm uma relação de confiança e descartou um cenário em que os dois concorram ao mesmo cargo.

“Seria uma ignorância muito grande, e ignorante é tudo o que o Tarcísio não é”, afirmou.

Segundo o senador, a parceria está definida: “Eu vou subir no palanque dele para governador de São Paulo, e ele vai me ajudar na minha candidatura à Presidência.”

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