Governo Trump faz exercícios militares na Venezuela para pressionar Maduro
Presidente dos EUA considera aprovar ataques terrestres contra cartéis de drogas em solo venezuelano
Por: Redação
16/10/2025 • 14:48 • Atualizado
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump, deu o aval para que a Agência Central de Inteligências (CIA) promova ações militares e "ações secretas e letais" na Venezuela, visando pressionar o governo de Nicolás Maduro.
A medida ocorre após os EUA bombardearem um barco, que transportava drogas de acordo com Trump, na costa da Venezuela. Seis pessoas morreram durante a operação.
A escalada das ações do governo norte-americano tem fundamento na escalada da "Guerra ao tráfico internacional de drogas", política externa do governo Trump. Dentro desse âmbito, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi apontado como chefe do cartel de drogas Los Soles, classificado como organização terrorista pela Casa Branca.
Trump ordenou também que um bombardeiro B-52, capaz de transportar ogivas nucleares, sobrevoasse uma área da Venezuela e afirmou que considera ataques terrestres contra os cartéis venezuelanos.
Em resposta, o presidente Nicolas Maduro pediu "respeito ao direito internacional" e afirmou não querer "guerra no Caribe e na América do Sul" com os Estados Unidos.
Ressurgimento das tensões
A tensão entre o governo norte-americano e o governo venezuelano escalou após o retorno de Trump à presidência dos Estados Unidos, em janeiro deste ano.
Em uma de suas primeiras ações, Trump determinou a suspensão de qualquer diálogo diplomático estabelecido com a Venezuela. Os dois países não possuem relações diplomáticas desde que Trump assumiu o governo pela primeira vez, em 2017.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)
De acordo com Trump, Maduro seria um dos chefes da rota do tráfico latinoamericano, sendo supostamente o comandante da gangue Tren de Aragua, designada como organização terrorista. Maduro nega as alegações e afirma que o objetivo de Trump com a escalada é "dar um golpe de estado" na Venezuela.
Uma recompensa de US$ 50 milhões (cerca de R$ 272 milhões) foi oferecida pela captura de Maduro ou por informações que levassem à prisão do líder.
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