Cessar-fogo: Israel solta 2 mil palestinos após retorno de 20 reféns
Liberação faz parte de acordo de cessar-fogo em Gaza, que inclui troca de prisioneiros e assistência humanitária
Por: Redação
13/10/2025 • 11:20
Israel libertou nesta segunda-feira (13) cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, em cumprimento ao acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, após o Hamas devolver 20 reféns israelenses capturados no massacre de 7 de outubro.
Dezenas de ônibus transportaram os palestinos, alguns detidos há anos, até Ramallah, na Cisjordânia. No local, um posto médico foi montado para exames de saúde antes que os prisioneiros retornem às famílias, informou a rede Al Jazeera.
O chefe de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, destacou que Israel autorizou a entrega de suprimentos de emergência aos palestinos. A principal agência humanitária em Gaza pediu que a assistência ocorra sem interrupção das operações militares.
A libertação integra a primeira fase do acordo de cessar-fogo, acompanhada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, no Oriente Médio. Também está prevista a liberação de corpos de reféns israelenses mortos e a localização de desaparecidos entre os destroços da guerra.
Segundo o acordo, após todos os reféns serem devolvidos, Israel liberará 250 palestinos condenados à prisão perpétua e 1,7 mil detidos desde 7 de outubro de 2023, incluindo mulheres e crianças. Para cada refém israelense falecido liberado, Israel entregará os restos mortais de 15 cidadãos de Gaza mortos.
O Ministério da Saúde de Gaza registrou até o momento 67.869 mortos e 170.105 feridos durante os ataques israelenses. Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 63 corpos, sendo 60 retirados dos escombros, e 39 feridos chegaram a hospitais na Faixa de Gaza.
O cessar-fogo deve aumentar a ajuda humanitária em Gaza, região marcada por bombardeios, fome e falta de suprimentos essenciais.