PF encontra arsenal de armas em bunker de influenciador preso por lavagem de dinheiro
Todo o material estava registrado em nome de Buzeira, que possuía autorização para aquisição e porte como colecionador, atirador e caçador (CAC)
Por: Redação
15/10/2025 • 10:58
A Polícia Federal (PF) apreendeu um verdadeiro arsenal de armas em um bunker localizado na mansão do influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, preso na manhã de terça-feira (14) durante a Operação Narco Bet. A investigação apura um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas.
De acordo com a PF, foram encontrados fuzis, pistolas, carregadores, miras holográficas, radiocomunicadores e até uma farda semelhante à usada pelo Centro de Operações Táticas (COT) da corporação. Também havia armas que aparentavam ser de airsoft.
Todo o material estava registrado em nome de Buzeira, que possuía autorização para aquisição e porte como colecionador, atirador e caçador (CAC). Apesar disso, a PF informou que o armamento não será devolvido até o fim das análises periciais e deve pedir a cassação do registro.
Reprodução/GloboNews
Ligação com esquema criminoso
As investigações apontam que Buzeira tem ligação com o empresário Rodrigo Morgado, apontado pela PF como o responsável pelo setor financeiro do grupo criminoso. Morgado teria favorecido o influenciador com recursos desviados do esquema.
Os valores eram movimentados por meio de apostas eletrônicas (bets) e criptomoedas, além de serem enviados para contas no exterior com o objetivo de ocultar a origem ilícita do dinheiro.
A Operação Narco Bet é um desdobramento da Operação Narco Vela, que teve como alvo o tráfico marítimo de drogas a partir do litoral brasileiro.
Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Entre os itens apreendidos estão carros de luxo importados, joias, dinheiro em espécie, além do armamento encontrado na casa de Buzeira.
A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores que ultrapassam R$ 630 milhões.
Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com indícios de atuação transnacional.
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