Lula exonera diretores do Banco Central em meio à crise política
Exonerações atingem nomes indicados por Bolsonaro
Por: Redação
26/12/2025 • 11:46 • Atualizado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) substituiu dois integrantes da diretoria do Banco Central em meio a um cenário de instabilidade política e institucional. Foram exonerados Diogo Abry Guillen, responsável pela área de Política Econômica, e Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro. As decisões foram publicadas no Diário Oficial da União na quarta-feira (24).
Apesar da exoneração, os dois dirigentes permanecem formalmente nos cargos até 1º de janeiro de 2026, data prevista para o encerramento dos mandatos. No Banco Central, os diretores têm mandato fixo de quatro anos, com regras próprias de nomeação e substituição.
As mudanças permitem ao governo federal ampliar sua influência na composição da autoridade monetária. Atualmente, sete dos nove diretores do BC foram indicados por Lula. Guillen e Gomes eram os únicos remanescentes nomeados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Até o momento, o Palácio do Planalto não divulgou quem serão os substitutos. Os futuros indicados precisarão passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e posterior votação no plenário do Senado.
As exonerações ocorrem em meio à repercussão de denúncias sobre uma possível atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), junto ao Banco Central para beneficiar o Banco Master. O magistrado nega qualquer tipo de interferência.
Relacionadas
