A personal trainer Juliana Nascimento (@ajulianapersonal) foi a entrevistada da edição desta sexta-feira (28) do Portal Esfera no Rádio, da Itapoan FM (97,5). Em conversa com o apresentador Luis Ganem, ela falou sobre sua trajetória profissional, os desafios da área e o motivo pelo qual decidiu direcionar seu trabalho principalmente para mulheres.

Juliana destacou que a relação entre personal trainer e aluno exige responsabilidade e limites claros, já que a convivência próxima pode gerar interpretações equivocadas.

“É uma área complicada. A gente cria vínculo com o aluno e, por isso, prezar pelo respeito é fundamental. Existem profissionais sérios, que se respeitam, mas também há situações difíceis dos dois lados”, afirmou.

Desde que se mudou para Salvador, a personal diz que busca construir laços de confiança com suas alunas. “A amizade acaba surgindo naturalmente. Isso já acontecia em Itabuna e se mantém aqui. Esse respeito é a base do meu trabalho.”

Público feminino como prioridade

Com foco na área feminina desde a formação, Juliana explica que escolheu atender exclusivamente mulheres, e só abre exceção em casos específicos.

“Meu público-alvo é só de mulheres. Atendo homens apenas quando há indicação ou quando treino casais. Nunca tive interesse em atender o público masculino, porque acho mais complexo: o homem exige mais, quer hipertrofia, demanda outra dinâmica”, detalhou.

A personal acredita que a pandemia foi determinante para mudar a relação das pessoas com o próprio corpo e com a rotina de cuidados.

“Ficamos presos em casa, só comendo, trabalhando e treinando. Muita gente entendeu ali que precisava priorizar a saúde. Hoje, o foco é qualidade de vida: chegar aos 50, 60, 70 anos conseguindo se mover bem”, afirmou.

Segundo ela, a maioria dos alunos busca abandonar o sedentarismo, tonificar o corpo sem exageros e evitar o uso de anabolizantes. “Eu vendo saúde. Estética vem depois”, destaca.

Juliana também comentou que quem busca resultados focados exclusivamente na estética precisa de uma estrutura mais ampla.

“Essas pessoas vão precisar de nutricionista, cardiologista, equipe médica e, em alguns casos, do uso de hormônios. É um caminho diferente do foco em saúde”, explicou.