O Hospital Materno Infantil de Alagoinhas (HMIA) est&aacute; realizando, ao longo de todo o m&ecirc;s de novembro, uma programa&ccedil;&atilde;o especial em alus&atilde;o ao Novembro Roxo, campanha mundial de conscientiza&ccedil;&atilde;o sobre a prematuridade. Com o tema &ldquo;Garanta aos prematuros come&ccedil;os saud&aacute;veis para futuros brilhantes&rdquo;, a unidade mobilizou equipes para refor&ccedil;ar a import&acirc;ncia da preven&ccedil;&atilde;o do parto antecipado e dos cuidados essenciais aos rec&eacute;m-nascidos prematuros.
Ao longo do m&ecirc;s, pacientes, familiares e colaboradores foram convidados a participar de diversas atividades educativas. As salas de espera receberam interven&ccedil;&otilde;es tem&aacute;ticas, com rodas de conversa, orienta&ccedil;&atilde;o sobre sa&uacute;de materna e debates sobre os desafios enfrentados por beb&ecirc;s que nascem antes do tempo. Palestras e bate-papos entre m&atilde;es e profissionais de sa&uacute;de tamb&eacute;m integraram a agenda, criando momentos de troca afetiva e apoio m&uacute;tuo.
No setor neonatal, a ambienta&ccedil;&atilde;o ganhou tons de roxo, cor s&iacute;mbolo da campanha, refor&ccedil;ando a sensibiliza&ccedil;&atilde;o de quem circula pelo espa&ccedil;o e oferecendo acolhimento &agrave;s fam&iacute;lias.
<img src="https://gestor-esfera.nvgo.app/assets/569eade5-cf2a-4c61-a82c-c95578085dff.jpeg?width=1200&amp;height=1600" alt="Divulga&ccedil;&atilde;o">
Segundo Pollyanna Nascimento, coordenadora da unidade neonatal do HMIA, a programa&ccedil;&atilde;o busca ampliar o conhecimento da popula&ccedil;&atilde;o sobre o tema e fortalecer o cuidado integral. &ldquo;O Novembro Roxo surgiu para chamar aten&ccedil;&atilde;o &agrave; realidade de milh&otilde;es de beb&ecirc;s que nascem antes do tempo em todo o mundo. Cada beb&ecirc; prematuro traz uma hist&oacute;ria de supera&ccedil;&atilde;o, e, com informa&ccedil;&atilde;o, cuidado e amor, podemos transformar desafios em hist&oacute;rias de vit&oacute;ria&rdquo;, afirma.
Pollyanna destaca ainda a import&acirc;ncia do pr&eacute;-natal adequado, do suporte &agrave;s fam&iacute;lias e da mobiliza&ccedil;&atilde;o social como pilares fundamentais para reduzir riscos e garantir desenvolvimento saud&aacute;vel aos prematuros

O <a href="https://jornalmassa.com.br/cidades/35-anos-do-sus-ministerio-quer-diminuir-filas-e-aumentar-atendimentos-1313230" target="_blank" rel="noopener">Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) </a>receber&aacute; uma rede nacional de hospitais e servi&ccedil;os de sa&uacute;de inteligentes e de medicina de alta precis&atilde;o. A medida envolve o an&uacute;ncio, nesta ter&ccedil;a-feira (18), do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, em Bras&iacute;lia. O objetivo da proposta &eacute; juntar tecnologia avan&ccedil;ada, alta especializa&ccedil;&atilde;o e coopera&ccedil;&atilde;o internacional para modernizar o atendimento.<img src="data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAAAEAAAABCAYAAAAfFcSJAAAAAXNSR0IArs4c6QAAAAtJREFUGFdjYAACAAAFAAGq1chRAAAAAElFTkSuQmCC" width="1" height="1"><img src="data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAAAEAAAABCAYAAAAfFcSJAAAAAXNSR0IArs4c6QAAAAtJREFUGFdjYAACAAAFAAGq1chRAAAAAElFTkSuQmCC" width="1" height="1"> No princ&iacute;pio, a novidade projeta a implanta&ccedil;&atilde;o de 14 unidades de terapia intensiva (UTIs) automatizadas. Elas funcionar&atilde;o de forma interligada nas cinco regi&otilde;es do pa&iacute;s. Outra novidade compreende a constru&ccedil;&atilde;o do Instituto Tecnol&oacute;gico de Emerg&ecirc;ncia do Hospital das Cl&iacute;nicas da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), o primeiro hospital inteligente do pa&iacute;s.
Por meio de nota, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de informou que outras oito unidades hospitalares ser&atilde;o modernizadas &ldquo;com envolvimento de universidades e secretarias de sa&uacute;de&rdquo;.&nbsp;
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<h2 dir="ltr">Acelera&ccedil;&atilde;o no processo</h2>
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O uso de tecnologias como intelig&ecirc;ncia artificial e big data pode reduzir em cinco vezes o<a href="https://jornalmassa.com.br/servicos/pacientes-do-sus-poderao-ser-atendidos-por-planos-de-saude-entenda-1310562" target="_blank" rel="noopener"> tempo de espera por atendimento de emerg&ecirc;ncia</a>. Como benef&iacute;cio ainda &eacute; poss&iacute;vel tornar o diagn&oacute;stico e a assist&ecirc;ncia especializada mais r&aacute;pidos e precisos. Esta &eacute; a previs&atilde;o para a rede do programa Agora Tem Especialistas, voltado para a expans&atilde;o do atendimento especializado na rede p&uacute;blica.&nbsp;&nbsp;
Cidades como Salvador ser&atilde;o contempladas pelas 14 UTIs inteligentes. Outros locais como Manaus, Dourados (MS), Bel&eacute;m, Teresina, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, S&atilde;o Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Bras&iacute;lia far&atilde;o parte.
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Por unanimidade, a Primeira Se&ccedil;&atilde;o do Superior Tribunal de Justi&ccedil;a (STJ) adiou mais uma vez, at&eacute; 31 de mar&ccedil;o do ano que vem, o prazo para que a Uni&atilde;o e a Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) regulamentem a importa&ccedil;&atilde;o de sementes e o plantio de cannabis para fins medicinais e cient&iacute;ficos no pa&iacute;s. <img src="data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAAAEAAAABCAYAAAAfFcSJAAAAAXNSR0IArs4c6QAAAAtJREFUGFdjYAACAAAFAAGq1chRAAAAAElFTkSuQmCC" width="1" height="1"><img src="data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAAAEAAAABCAYAAAAfFcSJAAAAAXNSR0IArs4c6QAAAAtJREFUGFdjYAACAAAFAAGq1chRAAAAAElFTkSuQmCC" width="1" height="1">
Os ministros atenderam ao pedido da Advocacia-Geral da Uni&atilde;o (AGU), que no &uacute;ltimo dia do prazo mais recente, em 30 de setembro, pediu ao STJ um novo adiamento. O prazo original previa que a regulamenta&ccedil;&atilde;o deveria ter sido conclu&iacute;da em junho.&nbsp;
A Uni&atilde;o e a Anvisa alegaram ser necess&aacute;rio mais tempo, pois o trabalho envolve uma equipe multidisciplinar e interministerial ampla, com fases de valida&ccedil;&atilde;o para que se possa concluir a reda&ccedil;&atilde;o de uma minuta de portaria que regulamente a importa&ccedil;&atilde;o de sementes, o cultivo, a industrializa&ccedil;&atilde;o e a comercializa&ccedil;&atilde;o de cannabis com baixo teor de THC.&nbsp;
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&ldquo;S&atilde;o muitas as quest&otilde;es &ndash; profundas e tecnicamente relevantes &ndash; a serem ainda enfrentadas e superadas, para que a proposta de regulamenta&ccedil;&atilde;o seja efetiva e abrangente das atividades necess&aacute;rias &agrave; garantia da seguran&ccedil;a &agrave; sa&uacute;de&rdquo;, disse a AGU no pedido.&nbsp;
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A relatora do caso, ministra Regina Helena Costa, reconheceu que se trata de um processo &ldquo;estrutural&rdquo;, que por isso demanda maior flexibilidade em sua condu&ccedil;&atilde;o. Ela tamb&eacute;m reconheceu n&atilde;o haver m&aacute;-f&eacute; do governo ou da Anvisa, que demonstraram boa-vontade em fazer avan&ccedil;ar a quest&atilde;o.&nbsp;
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&ldquo;Diversamente, a articula&ccedil;&atilde;o de representantes das entidades para, de forma diligente e coordenada, reconhecer a inviabilidade da entrega das fases finais do planejamento at&eacute; a data limite ent&atilde;o fixada, propondo, ato cont&iacute;nuo, um calend&aacute;rio sob sua &oacute;tica exequ&iacute;vel, denota a inten&ccedil;&atilde;o de preservar a sinaliza&ccedil;&atilde;o positiva at&eacute; agora praticada de, efetivamente, atender &agrave; ordem judicial, n&atilde;o obstante as dificuldades envolvidas&rdquo;, relatou a ministra.&nbsp;
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Ela foi seguida por todos os demais ministros da Primeira Se&ccedil;&atilde;o, que julga um Incidente de Assun&ccedil;&atilde;o de Compet&ecirc;ncia (IAC), tipo de processo cujo resultado vincula as demais inst&acirc;ncias da Justi&ccedil;a, que devem necessariamente seguir o entendimento do STJ.&nbsp;
<h2 dir="ltr">Entenda </h2>
Em novembro de 2024, o STJ decidiu que a Lei das Drogas n&atilde;o alcan&ccedil;a as esp&eacute;cies de cannabis com concentra&ccedil;&otilde;es muito baixas de tetrahidrocanabinol (THC), princ&iacute;pio ativo da planta que causa efeitos entorpecentes.&nbsp;
Com isso, os ministros deram autoriza&ccedil;&atilde;o a uma empresa que recorreu ao STJ para conseguir importar sementes de cannabis com baixo teor de THC e alto teor de canabidiol, composto que n&atilde;o possui efeitos entorpecentes, mas traz benef&iacute;cios medicinais cada vez mais comprovados pela ci&ecirc;ncia.
Entre os usos comprovadamente eficazes, por exemplo, est&aacute; o tratamento de pessoas portadoras de doen&ccedil;as que causam crises de convuls&atilde;o e espasmos musculares, como epilepsia e esclerose m&uacute;ltipla.&nbsp;
Para que a decis&atilde;o possa ser cumprida, contudo, o STJ determinou a regulamenta&ccedil;&atilde;o da importa&ccedil;&atilde;o de sementes, do cultivo e da industrializa&ccedil;&atilde;o e comercializa&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies de cannabis com baixa concentra&ccedil;&atilde;o de THC (menos de 0,3%).&nbsp;
A medida abre caminho para a produ&ccedil;&atilde;o, no Brasil, de produtos industriais com base em outros compostos da cannabis, como o CBD, e tamb&eacute;m nas fibras do c&acirc;nhamo industrial, que possui aplica&ccedil;&atilde;o em diversas ind&uacute;strias, incluindo a t&ecirc;xtil.&nbsp;

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, desenvolveram um adesivo vest&iacute;vel inovador, sem bateria ou chip, capaz de medir a bioimped&acirc;ncia da pele de forma simples e n&atilde;o invasiva. A tecnologia pode ajudar a identificar precocemente o c&acirc;ncer de pele ao diferenciar &aacute;reas saud&aacute;veis de les&otilde;es suspeitas por meio da an&aacute;lise de sinais el&eacute;tricos espec&iacute;ficos. O estudo foi publicado na revista npj Biomedical Innovations, segundo informa&ccedil;&otilde;es divulgadas pelo Correio Braziliense.
O dispositivo funciona independentemente do tom de pele, de modo a superar limita&ccedil;&otilde;es de m&eacute;todos visuais que costumam ser menos precisos em pessoas de pele mais escura. Segundo o l&iacute;der da pesquisa, Mohammad J. Moghimi, o adesivo foi projetado para ser leve, descart&aacute;vel e f&aacute;cil de usar at&eacute; fora de ambientes cl&iacute;nicos, permitindo que pacientes e profissionais monitorem les&otilde;es de forma &aacute;gil. Como fornece dados num&eacute;ricos objetivos, a tecnologia pode reduzir bi&oacute;psias desnecess&aacute;rias e contribuir para diagn&oacute;sticos mais assertivos.
Para testar o equipamento, os cientistas aplicaram o adesivo em &aacute;reas da pele saud&aacute;vel e em les&otilde;es pigmentadas de 10 volunt&aacute;rios. As medi&ccedil;&otilde;es registraram diferen&ccedil;as claras entre os tecidos. O dermatologista Eduardo Oliveira, especialista em oncologia cut&acirc;nea, explica que les&otilde;es malignas alteram a passagem da eletricidade pela pele&nbsp; caracter&iacute;stica que a nova tecnologia consegue identificar.
Apesar do potencial, Oliveira ressalta que o dispositivo ainda precisa de valida&ccedil;&otilde;es mais amplas para confirmar sua precis&atilde;o na distin&ccedil;&atilde;o entre les&otilde;es benignas e malignas.&nbsp;

A descoberta de c&acirc;ncer de pr&oacute;stata em mulheres trans para Laerte Coutinho, trouxe &agrave; tona uma conversa que ainda avan&ccedil;a devagar na sa&uacute;de p&uacute;blica. Em setembro de 2023, a cartunista recebeu o resultado da bi&oacute;psia ap&oacute;s um PSA alterado. Ela tem 72 anos, se identifica como mulher, mas mant&eacute;m estruturas fisiol&oacute;gicas masculinas, como a pr&oacute;stata. A condi&ccedil;&atilde;o, associada historicamente ao universo masculino, refor&ccedil;a uma urg&ecirc;ncia: mulheres trans tamb&eacute;m precisam realizar exames preventivos.
Ao recordar o impacto da not&iacute;cia, Laerte afirma que mulheres trans precisam compreender que possuem pr&oacute;stata e um organismo que demanda cuidados espec&iacute;ficos. A artista, que n&atilde;o realizou cirurgia de redesigna&ccedil;&atilde;o sexual nem terapia hormonal, apresenta o mesmo risco oncol&oacute;gico de um homem cis.
<h2 data-start="1325" data-end="1367">Hist&oacute;rico e neglig&ecirc;ncia agravam riscos</h2>
Cerca de duas d&eacute;cadas antes, Laerte j&aacute; havia enfrentado uma hiperplasia prost&aacute;tica benigna. O aumento da gl&acirc;ndula provocou dores e reten&ccedil;&atilde;o urin&aacute;ria severa, resolvidas ap&oacute;s uma raspagem conhecida como ressec&ccedil;&atilde;o transuretral da pr&oacute;stata. Por ter vivido um problema benigno, a cartunista passou anos acreditando que o risco era menor do que realmente era. Isso contribuiu para que o acompanhamento falhasse.
Na pr&oacute;pria avalia&ccedil;&atilde;o, houve neglig&ecirc;ncia. Ela reconhece que deveria ter mantido o rastreio, mas n&atilde;o o fez. Ao refletir sobre seu comportamento, comenta que carrega uma cultura masculina internalizada e que esse ide&aacute;rio ensina que homens n&atilde;o precisam procurar m&eacute;dicos. Para ela, romper esse mito &eacute; parte do enfrentamento que mulheres trans tamb&eacute;m precisam fazer para sobreviver.
<h2 data-start="2154" data-end="2193">A transi&ccedil;&atilde;o e os riscos oncol&oacute;gicos</h2>
O processo de transi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o elimina a pr&oacute;stata. Esse ponto &eacute; essencial e frequentemente ignorado ou romantizado dentro e fora da comunidade trans. Especialistas ressaltam que, mesmo em cirurgias de redesigna&ccedil;&atilde;o sexual, o &oacute;rg&atilde;o permanece devido aos riscos envolvidos na retirada, como sangramentos e incontin&ecirc;ncia, al&eacute;m da falta de benef&iacute;cios reais para a sa&uacute;de da mulher trans.
Com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; terapia hormonal, urologistas explicam que o uso de estrog&ecirc;nio e progesterona reduz a produ&ccedil;&atilde;o de testosterona, horm&ocirc;nio diretamente relacionado ao desenvolvimento do c&acirc;ncer. Isso diminui o risco, embora n&atilde;o elimine completamente a possibilidade da doen&ccedil;a. Estudos recentes indicam que mulheres trans em hormoniza&ccedil;&atilde;o podem apresentar risco de duas a dez vezes menor, mas ainda h&aacute; falta de consenso cient&iacute;fico.
<h2 data-start="2999" data-end="3033">Tratamento e impacto emocional</h2>
A cirurgia escolhida para Laerte foi uma prostatectomia radical por laparoscopia, realizada em dezembro de 2023. A decis&atilde;o priorizou controle oncol&oacute;gico e expectativa de cura. Mesmo assim, as sequelas afetam seu cotidiano. Ela relata enfrentar incontin&ecirc;ncia urin&aacute;ria severa, condi&ccedil;&atilde;o que tenta administrar com fisioterapia p&eacute;lvica desde o fim do ano passado. A uretra, segundo ela, ainda se adapta ao novo cen&aacute;rio.
Ao comentar o diagn&oacute;stico, Laerte afirma que o c&acirc;ncer de pr&oacute;stata &eacute; administr&aacute;vel quando tratado corretamente. A cartunista avalia que a doen&ccedil;a se torna perigosa apenas quando ignorada. Esse entendimento refor&ccedil;a a mensagem que ela vem repetindo: preven&ccedil;&atilde;o salva vidas, inclusive as de mulheres trans.
<h2 data-start="3753" data-end="3806">Desinforma&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica e invisibilidade estruturada</h2>
A discuss&atilde;o sobre sa&uacute;de trans tamb&eacute;m evidencia falhas profundas na forma&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica. Profissionais como a psicanalista Let&iacute;cia Lanz destacam que existe uma idealiza&ccedil;&atilde;o da mulher trans perfeita, narrativa que ignora caracter&iacute;sticas biol&oacute;gicas reais, como a presen&ccedil;a da pr&oacute;stata. Esse imagin&aacute;rio cria tabus e silencia exames essenciais.
Al&eacute;m disso, ela pontua que a maioria dos m&eacute;dicos brasileiros se forma sem qualquer contato obrigat&oacute;rio com estudos de g&ecirc;nero. Isso gera inseguran&ccedil;a cl&iacute;nica, m&aacute; orienta&ccedil;&atilde;o e invisibilidade de demandas espec&iacute;ficas. Mesmo especialistas bem informados enfrentam aus&ecirc;ncia de protocolos padronizados para rastrear c&acirc;ncer de pr&oacute;stata em mulheres trans, cen&aacute;rio confirmado por urologistas que atuam com essa popula&ccedil;&atilde;o.
<h2 data-start="4555" data-end="4603">Cuidado cont&iacute;nuo como forma de sobreviv&ecirc;ncia</h2>
Ao refletir sobre sua pr&oacute;pria trajet&oacute;ria, Laerte resume o que aprendeu: o corpo trans precisa de cuidado integral, sem tabus e sem idealiza&ccedil;&otilde;es. O recado ecoa entre especialistas. O rastreamento ideal para mulheres trans segue as recomenda&ccedil;&otilde;es dos homens cis, com PSA anual a partir dos 50 anos, ou 45 em casos de risco familiar, obesidade ou origem afrodescendente. Ignorar a preven&ccedil;&atilde;o significa abrir espa&ccedil;o para diagn&oacute;sticos tardios e desfechos mais graves.
*Com informa&ccedil;&otilde;es da Folha de S&atilde;o Paulo