Um estudo publicado na revista científica British Journal of Nutrition traz novas evidências sobre o impacto da alimentação rica em ultraprocessados, carnes vermelhas e açúcares simples nos pacientes com psoríase, estando associada a sintomas mais intensos da doença.

Condição inflamatória crônica, a psoríase é responsável por causar lesões descamativas na pele, especialmente em áreas como cotovelos e couro cabeludo, e tem entre seus fatores de risco o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a obesidade. 

A pesquisa analisou 257 adultos diagnosticados com psoríase, que responderam questionários detalhados sobre seus hábitos alimentares. Os padrões avaliados incluíam a dieta mediterrânea, a dieta DASH (indicada para controle da pressão arterial) e dietas baseadas em vegetais, além de modelos menos saudáveis. Os dados foram então comparados com a gravidade dos sintomas dermatológicos.  

Os resultados mostraram uma relação clara: quanto mais equilibrada e anti-inflamatória a dieta, mais leves tendem a ser as manifestações da psoríase. Para a dermatologista Barbara Miguel, os resultados revelam a necessidade de uma nova abordagem nos casos da doença.

“A alimentação saudável passa a ser vista não como um coadjuvante, mas como parte integrante do plano terapêutico, principalmente em pacientes com sobrepeso ou obesidade, condição que sabidamente agrava o quadro inflamatório da psoríase”, afirma a especialista.

No entanto, a profissional alerta que a dieta não substitui tratamentos médicos estabelecidos, e sim, atua como um aliado importante no manejo da psoríase, especialmente em pacientes com sobrepeso.