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Psicóloga alerta: redes sociais em excesso afetam saúde mental e autocuidado

Em entrevista do Portal Esfera no Rádio, especialista em Gestalt terapia fala sobre importância do acompanhamento familiar

Por: Iago Bacelar

13/08/202512:49Atualizado

'O excesso de redes sociais desconecta a pessoa de si mesma', alerta psicóloga Priscila Gomes
Especialista em Gestalt-terapia fala sobre ansiedade, impacto da tecnologia na juventude e a importância do acompanhamento familiar

'O excesso de redes sociais desconecta a pessoa de si mesma', alerta psicóloga Priscila Gomes
Foto: Foto: Felipe Santana

Durante entrevista ao programa Portal Esfera no Rádio, na Itapoan FM, a psicóloga Priscila Gomes, especialista em Gestalt-terapia, falou sobre o impacto do ritmo de vida moderno na saúde mental, com foco em ansiedade, TDAH e no papel da família no suporte emocional. A conversa abordou ainda os riscos do uso excessivo de tecnologia e estratégias para autoconhecimento e prevenção.

Segundo Priscila, o acompanhamento familiar é essencial, pois a desorganização emocional de um indivíduo interfere diretamente nas relações, afetando sono, alimentação, hidratação e a qualidade de vida de todos ao redor.
"O excesso de redes sociais desconecta a pessoa de si mesma", afirmou, explicando como o estímulo constante prejudica o vínculo com necessidades básicas e o autoconhecimento.

Impacto das redes sociais na juventude
Priscila Gomes destacou que, embora a ansiedade atinja todas as faixas etárias, os jovens de 16 a 25 anos são os mais vulneráveis, devido ao contato intenso com redes sociais e à busca constante por aprovação e validação.

O uso excessivo de smartphones, segundo a psicóloga, desloca a atenção de vínculos presenciais e cuidados essenciais do corpo. Sono, alimentação e hidratação acabam sendo negligenciados, e o cérebro é sobrecarregado por estímulos contínuos, o que compromete a percepção das próprias necessidades.
"No momento em que se está inserido nas redes sociais, há uma quantidade muito grande de estímulos, e o cérebro fica completamente voltado para aquele movimento todo", explicou.

Essa situação gera impacto direto na saúde mental e na qualidade de vida, levando alguns jovens a buscarem medicação inadequada ou hábitos prejudiciais, como o consumo de álcool, na tentativa de lidar com a ansiedade.

O papel da família no acompanhamento emocional
A especialista destacou a importância da psicoeducação para familiares de pessoas com ansiedade ou TDAH. O cuidado não deve se restringir ao paciente, pois todo o núcleo familiar é afetado pelas mudanças comportamentais e emocionais de um membro.
"Todas as pessoas que convivem com alguém que apresenta algum transtorno precisam desse amparo, desse acompanhamento", afirmou.

Ela enfatizou que programas públicos e privados, incluindo os oferecidos pelo SUS, estão disponíveis, mas ainda há dificuldade de acesso e falta de informação, o que leva algumas pessoas a buscarem soluções inadequadas.

A união da psicoterapia com a psiquiatria
Priscila Gomes também ressaltou que a combinação de psicoterapia e psiquiatria é essencial para tratamentos efetivos, evitando diagnósticos precipitados e medicalização excessiva. O foco deve ser no autoconhecimento e na percepção das próprias necessidades, aliado ao suporte técnico quando necessário.

Ela lembra que reconhecer sinais de alerta precocemente e manter acompanhamento contínuo são passos fundamentais para prevenir complicações e promover bem-estar emocional duradouro.