Asma Felina: sintomas, diagnóstico e cuidados para garantir qualidade de vida
Acompanhamento veterinário pode assegurar o bem-estar do gatinho
Por: Gabriel Pina
20/08/2025 • 17:00
Conhecida como Doença Respiratória Alérgica ou Bronquite Eosinofílica, a asma felina é uma condição inflamatória crônica que afeta os brônquios, geralmente desencadeada por fatores alérgicos. Segundo a médica-veterinária Nayara Cristina de Oliveira Fazolato, a doença resulta de uma hiperresponsividade brônquica: os bronquíolos se contraem e inflamam diante de agentes irritantes, causando broncoespasmos, produção excessiva de muco e tosse persistente.
Os sinais clínicos mais comuns incluem tosse seca, dificuldade para expirar, alterações posturais para facilitar a respiração, respiração com a boca aberta, prostração e chiados identificados na auscultação pulmonar. Por ser de origem alérgica, a doença não é contagiosa e está associada a predisposição genética e imunológica, sendo mais comum em gatos adultos ou de meia-idade.
O diagnóstico combina avaliação clínica e exames complementares, como radiografias torácicas, que podem indicar padrão bronquial difuso, hiperinsuflação pulmonar e, em alguns casos, atelectasia ou bronquiectasia. No entanto, há animais asmáticos que apresentam exames normais.
Embora a asma felina não tenha cura, o tratamento busca controlar os sintomas. O uso contínuo ou intermitente de corticoides, como a prednisolona oral, e inaladores com fluticasona são as principais opções. Em muitos casos, o tratamento começa com a combinação das duas vias, passando depois para a manutenção com a “bombinha”, que garante efeito localizado e menos efeitos colaterais sistêmicos.
A prevenção completa não é possível, mas os riscos podem ser reduzidos evitando agentes irritantes, como fumaça, incensos e produtos de cheiro forte. Mesmo com tratamento adequado, as crises podem se repetir, reforçando a importância do acompanhamento veterinário para assegurar o bem-estar e a qualidade de vida do felino.