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Mulher é presa em Mossoró ao se passar por juíza, promotora e chefe da Interpol

Prisão ocorreu após motorista acionar a PRF por suspeita de fraude

Por: Iago Bacelar

24/08/202509:48

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu na última quarta-feira (20) em Mossoró, no Rio Grande do Norte, uma mulher que se passava por diferentes autoridades do sistema de Justiça. Com documentos falsos, ela afirmava ser de promotora a chefe da Interpol.

Mulher é presa em Mossoró ao se passar por juíza, promotora e chefe da Interpol
Foto: Reprodução

Mulher foi identificada pela PRF

A detida foi identificada como Célia Soares de Brito. Segundo o jornal O Povo, ela dizia ocupar cargos de desembargadora, promotora, juíza militar, advogada, chefe da Interpol e até se apresentava como “guardiã da democracia mundial”.

Abordagem aconteceu na BR-304

De acordo com a PRF, Célia viajava em um carro de aplicativo acompanhada da mãe e da filha. Ela informou ao motorista que iria assumir um cargo na prefeitura de Mossoró, mas entrou em contradição ao apresentar diferentes versões sobre sua identidade.

O grande volume de bagagens levantou suspeitas, o que levou o condutor a acionar a PRF no posto da BR-304, saída para Fortaleza. Durante a abordagem, conforme o G1, foram apreendidos documentos com sinais de falsificação. Entre eles estavam uma carteira da OAB sem chip, com dados incorretos, e um suposto certificado de posse em cargo público. A inscrição da OAB usada pela suspeita pertencia a um advogado regularmente registrado no Paraná.

Polícia Civil confirmou a fraude

A mulher foi conduzida à Delegacia de Polícia Civil de Mossoró, onde o material foi periciado e a fraude confirmada. O celular dela foi apreendido, enquanto a mãe e a filha foram liberadas após prestar depoimento.

Audiência de custódia definiu liberdade provisória

Na audiência de custódia realizada no dia seguinte, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte concedeu liberdade provisória mediante fiança de dois salários mínimos. A decisão estabeleceu medidas cautelares como comparecer a todos os atos do processo, não mudar de endereço sem autorização judicial e comunicar qualquer ausência superior a oito dias de sua residência em São Paulo.

Investigação sobre outros possíveis crimes

Presa em flagrante pelo crime de uso de documento falso, Célia agora responde em liberdade. A Polícia Civil investiga se as credenciais falsificadas já haviam sido usadas em outras ocasiões.