A Justiça da Paraíba determinou a transferência do influenciador Hytalo Santos e do marido Israel Natã Vicente, conhecido como Euro, do Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, em São Paulo, para a Penitenciária Desembargador Flóscolo da Nóbrega, em João Pessoa. O casal está preso desde o dia 15 de agosto após acusações de exploração infantil e tráfico de pessoas.

Decisão judicial sobre a transferência

A decisão foi protocolada pela juíza Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz, da Vara de Execuções Penais da capital paraibana. No despacho, a magistrada escreveu que “autorizo o recambiamento do(a) custodiado Hitalo José Santos Silva e Israel Nata Vicente para a Penitenciária Desembargador Flóscolo da Nóbrega, nesta Capital”.

A Justiça ainda não definiu a data e o horário da transferência do influenciador e do marido.

Autorização de entrevista com Roberto Cabrini

Na semana passada, o juiz Antonio Rudimacy Firmino de Sousa autorizou que Hytalo Santos conceda entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, da Record. O encontro ainda não tem data marcada.

O magistrado determinou que “a referida entrevista deverá ocorrer com obediência às regras estabelecidas pela unidade penitenciária onde se encontram os detidos, com as cautelas de estilo como medida de segurança”.

Segundo a emissora, a reportagem busca abordar o andamento do processo criminal. “Cumpre informar a importância do trabalho jornalístico na cobertura em relação ao processo criminal que tramita sobre o réu. E, nesse caso, é o que se está tentando fazer”, destacou o documento enviado à Justiça.

Prisão do influenciador

O influenciador digital Hytalo Santos foi preso em 15 de agosto de 2025 em uma casa de luxo em Carapicuíba, na Grande São Paulo. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça da Paraíba.

Hytalo e o marido foram detidos sob suspeita de crimes como exploração sexual, trabalho infantil irregular e produção de vídeos com conteúdo sexualizado envolvendo adolescentes.

Investigações e denúncias

As investigações se intensificaram após denúncias feitas pelo youtuber Felca, que viralizaram nas redes sociais. As acusações apontam a exposição de menores de idade em conteúdos considerados impróprios, o que levantou preocupações sobre possíveis violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).