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Bolsonaro avalia ir a julgamento no STF em prisão domiciliar

Julgamento do ex-presidente começa nesta terça-feira

Por: Iago Bacelar

01/09/202514:48Atualizado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi orientado a não comparecer ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), cuja fase final começa nesta terça-feira (2). A recomendação partiu da defesa do ex-presidente, que considera que a ida não seria positiva.

Bolsonaro avalia ir a julgamento no STF em prisão domiciliar
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Pessoas próximas a Bolsonaro informaram que ele ainda não decidiu se irá ou não. Para comparecer, seria necessário solicitar autorização ao STF para sair de casa, pois cumpre prisão domiciliar desde o último mês, por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Até a manhã desta segunda-feira (1º), nenhum pedido formal foi apresentado ao Supremo.

O julgamento

Bolsonaro será julgado junto com aliados por suposta trama golpista para impedir o governo de Lula (PT). A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa-os de pelo menos seis crimes, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União.

O julgamento começa com a abertura da sessão pelo presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, seguido pelo resumo do caso apresentado pelo relator Alexandre de Moraes. Depois, o procurador-geral Paulo Gonet terá até duas horas para sustentar a acusação e pedir a condenação de Bolsonaro e sete aliados. Em seguida, a defesa iniciará seus trabalhos. O julgamento deve se estender até o fim da semana.

Horários das sessões

  • 2/9 (terça) – das 9h às 12h e das 14h às 19h

  • 3/9 (quarta) – das 9h às 12h

  • 9/9 (terça) – das 9h às 12h e das 14h às 19h

  • 10/9 (quarta) – das 9h às 12h

  • 12/9 (sexta) – das 9h às 12h e das 14h às 19h

Aliados e 7 de setembro

Enquanto Bolsonaro decide sua participação, aliados intensificam convocações para atos em 7 de setembro nas redes sociais. A estratégia busca reunir grande número de apoiadores para mostrar pressão popular e reforçar pleitos do campo da direita, como o movimento “Anistia Já”.

Grupos da esquerda também convocam manifestações, defendendo “Brasil soberano” e “O Brasil é dos brasileiros” e criticando a anistia, o que aponta para confrontos ideológicos nas ruas durante o feriado.