Após liminar, médicos encerram greve em cinco hospitais estaduais de Salvador
Decisão judicial aponta risco à saúde pública causado pela paralisação
Por: Iago Bacelar
01/08/2025 • 16:00 • Atualizado
Após a Justiça considerar ilegal a greve iniciada pelo Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA), foi determinado que o movimento seja suspenso imediatamente. A paralisação, que começou na última quinta-feira em cinco unidades hospitalares de Salvador, foi encerrada na tarde desta sexta-feira (1º). O Tribunal de Justiça da Bahia ainda estabeleceu multa diária de R$ 50 mil caso a paralisação continuasse. A decisão levou à imediata suspensão do ato, impedindo que a restrição de atendimentos prosseguisse.
As unidades afetadas foram o Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Instituto de Perinatologia da Bahia (IPERBA), Maternidade Tsylla Balbino e Maternidade Albert Sabin. Durante a greve, foram suspensos atendimentos eletivos e consultas classificadas como fichas verdes e azuis, enquanto serviços de urgência e emergência foram mantidos.
Segundo o Sindimed-BA (Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia), a greve teve apoio unânime em assembleia realizada no dia 24 de julho e foi motivada pela proposta do governo estadual de substituir 500 contratos CLT por vínculos PJ, sem manter benefícios trabalhistas como 13º salário e licença-maternidade.
Apesar do fim da paralisação, o sindicato afirmou que continuará negociando com o governo estadual para conquistar garantias para os médicos afetados, sugerindo a adoção de contratos provisórios no regime REDA ou CLT até nova licitação.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), os hospitais impactados seguem operando normalmente, com o atendimento garantido por profissionais migrados ao novo modelo contratual ou por empresas já credenciadas, sem prejuízo à assistência à população.
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