Bolsonaro divide apoio entre Flávio e Tarcísio para a disputa em 2026
Inelegível até 2030, ex-presidente avalia nomes aliados enquanto STF mantém condenação por trama golpista
Por: Redação
10/11/2025 • 08:56
Mesmo fora da disputa eleitoral até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já começa a se movimentar nos bastidores para as eleições de 2026. De acordo com informações de bastidores, o liberal tem sinalizado que pode apoiar um dos dois nomes mais próximos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho mais velho, ou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Segundo informações, Bolsonaro tem indicado a aliados que tende a apoiar o “filho 01” na corrida presidencial. Em outras conversas, contudo, não teria descartado o nome de Tarcísio, ex-ministro da Infraestrutura e um dos principais expoentes do bolsonarismo entre os governadores.
Apesar das especulações, tanto Flávio quanto Tarcísio afirmaram publicamente que pretendem disputar a reeleição em seus respectivos cargos, o Senado e o governo paulista. Caso Bolsonaro decida oficializar apoio a um dos dois, ambos teriam de abrir mão de seus planos políticos pessoais.
Enquanto articula nos bastidores, Bolsonaro enfrenta nova derrota no Supremo Tribunal Federal (STF). A Primeira Turma da Corte formou unanimidade na última sexta-feira (7) ao rejeitar o recurso apresentado por sua defesa e manter a condenação relacionada à suposta trama golpista investigada pela Justiça.
O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, abriu a votação pela rejeição do recurso. Na sequência, os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam o voto do relator, formando maioria. A ministra Cármen Lúcia completou a decisão unânime.
O ministro Luiz Fux, que integrava a Primeira Turma durante o julgamento principal da trama golpista, pediu transferência de colegiado e não participou da análise dos recursos apresentados pelo ex-presidente.
Com a decisão, Bolsonaro segue inelegível até 2030, o que o impede de concorrer a qualquer cargo público nos próximos pleitos mas não o afasta da influência sobre o cenário político da direita brasileira.
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