O Exército de Israel anunciou nesta sexta-feira (10), que o cessar-fogo em Gaza entrou em vigor às 9h locais (6h em Brasília), após acordo com o movimento Hamas.

Em comunicado, as Forças Armadas informaram que “as tropas começaram a se posicionar ao longo das linhas de retirada, em preparação para o acordo de cessar-fogo e para o retorno dos reféns”. O texto destacou que “as tropas do Comando Sul continuarão eliminando toda ameaça imediata”.

O entendimento entre Israel e Hamas prevê a primeira fase do cessar-fogo, que inclui a libertação de reféns israelenses vivos em troca da soltura de cerca de 2.000 palestinos detidos em prisões israelenses desde 7 de outubro de 2023. Entre os presos palestinos, 250 cumprem pena perpétua. A troca deve ocorrer nas primeiras 72 horas de implementação do cessar-fogo.

O Catar, que mediou as negociações junto a Egito, Estados Unidos e Turquia, afirmou que o acordo permitirá também o fim da guerra, a entrada de ajuda humanitária e o retorno de deslocados do sul de Gaza para a Cidade de Gaza e outras localidades do norte do território.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou em sua rede Truth Social que “TODOS os reféns serão libertados em breve e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada, como primeiros passos para uma paz forte, duradoura e eterna”.

Mais de 150 caminhões de ajuda humanitária já partiram do Egito para Gaza, segundo o Crescente Vermelho egípcio. Uma fonte do Hamas calcula que até 400 caminhões diários devem entrar na Faixa de Gaza nos primeiros cinco dias do cessar-fogo.

O acordo também estabelece a retirada gradual das tropas israelenses e o retorno de civis deslocados. O Hamas pediu a Trump que pressione Israel para garantir a plena aplicação do acordo.