O programa Portal Esfera no Rádio, transmitido pela Itapoan FM (97,5), desta quarta-feira (17), recebeu o cantor e compositor, Adelmo Casé (@adelmocase), ele relembrou sua participação no reality show Fama, em 2002, e falou sobre os bastidores do programa que marcou o início de uma nova fase em sua carreira. Finalista da primeira temporada, o artista ficou em segundo lugar e viu sua vida mudar após a experiência.

Segundo Adelmo, o processo seletivo foi intenso e repleto de emoções. “Faz uma mala aí pra ficar 90 dias, porque se você passar dos primeiros testes, pode ir até a final. Então me joguei, levei meus discos da banda Funk Machine e fui distribuindo para a galera”, recordou.

Ao longo da preparação, os candidatos eram testados em canto, dança, percepção musical e performance. “Era muito difícil, porque os jurados decidiam ali, na hora, quem ficava e quem saía. Tinha muita alegria, mas também lágrimas e decepções. Eu pedi só paz e tranquilidade para conseguir mostrar o meu melhor”, contou.

O esforço deu resultado. Adelmo chegou à final, conquistou o segundo lugar e decidiu permanecer no Rio de Janeiro por três anos. A experiência abriu portas, mas também trouxe desafios. “Na época, as casas de médio porte estavam desaparecendo no Rio. A gente ficou sem palco, mas inventava espaços. Fiz temporadas em praças e shoppings, porque acreditava na música e não podia parar”, disse.

O retorno a Salvador aconteceu em meados de 2005, quando Adelmo reencontrou o músico e produtor Manno Góes. Nessa ocasião, mostrou a ele a canção Dundum, que despertou imediatamente o interesse de Góes. “Ele me perguntou se eu não pensava em investir na música baiana. Eu nunca tinha imaginado isso, mas aceitei o desafio, desde que fosse com a minha verdade: misturando black music, eletrônica e, claro, a baianidade que sempre esteve em mim”, relatou.

Assim nasceu a Negra Cor (@negracoroficial), banda que se consolidou como referência no cenário musical baiano. Em 2025, o grupo completa 20 anos de história, celebrando uma trajetória marcada por identidade própria e pela mistura de estilos. “A percussão sempre fez parte da minha vida. Comecei como percussionista e back vocal em Salvador, acompanhando artistas de MPB. Com a Negra Cor, consegui unir tudo isso em um trabalho com autenticidade”, afirmou Adelmo.