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Sued Nunes celebra indicação ao Grammy: 'É a indicação dos sonhos'

Artista conversou com o Portal Esfera e destacou força da música baiana na premiação

Por: Gabriel Pina

19/09/202520:00Atualizado

Quando veio ao mundo, a mãe de Sued decidiu nomear a filha com a palavra “Deus” escrita de trás para frente, no intuito de que a criança crescesse abençoada. Quase como uma profecia, a jovem natural de Sapeaçu, região do Recôncavo baiano, que ganhou o primeiro violão do pai, aos sete anos, despontava como uma das grandes vozes de sua geração na cena musical do Brasil. Ao lado da cantora Juliana Gambôa, Sued Nunes representará o Brasil na categoria “Melhor Artista Revelação” no Grammy Awards 2025.

Sued Nunes
Foto: Divulgação

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Ao Portal Esfera, a cantora e compositora comentou sua indicação ao prêmio e da expectativa para a premiação. Além disso, Sued falou sobre a presença de outros sete artistas baianos indicados na edição de 2025 da maior premiação do mercado fonográfico latino. Confira:

Como foi sua reação ao saber da notícia da indicação como “Melhor Artista Revelação” no Grammy Latino?

“Ainda sigo digerindo. É a indicação dos sonhos, dos meus sonhos. Vou revisitando meu caminho e cravando todas as confirmações de que música é o meu lugar preferido no mundo. Música é a melhor roupa que um sonho meu poderia vestir. Passo pelos anos admirando artistas que amo nessa premiação e hoje vejo a admiração de pessoas que amam meu trabalho com a minha indicação. É uma alegria imensa continuar fazendo, seguir acreditando e tendo coragem nos movimentos que eu e que minha equipe tem construído até aqui. Me sinto incrível. Tudo tem mesmo o tempo de colher.”

Quais são suas expectativas para a premiação?

“Só penso em viver essa indicação, mais do que nunca. Viver a minha saída do Brasil para um movimento tão lindo como esse. Me ver encaixar ao lado de artistas incríveis e estar confortável nesse lugar. Comemorar o tanto de água que eu chorei de felicidade por aqui. Se além desses prêmios, o Latin Grammy for meu, não sei o que será do meu coração”.

Além da sua indicação, outra brasileira também concorre na categoria de revelação, bem como outros seis artistas baianos que tiveram também seus trabalhos reconhecidos pela Academia. Como você enxerga a presença do Brasil e da Bahia na premiação?

Estão enxergando aquilo que sempre fomos: potentes, criativos e fundamentais. Falo isso agora, não apenas como artista, mas como pessoa nascida em um lugar com tanta carga musical, com tanta história e reconstrução de histórias. O mundo tem aos poucos entendido que há aqui uma fonte desse lado que a água não dá em outro lugar. E nesse meio é que vamos passando.”

Você é uma artista natural de Sapeaçu, no Recôncavo, e está levando uma discografia que bebe de referências culturais regionais para uma premiação internacional. Qual a importância do Grammy dar reconhecimento aos trabalhos regionais?

“Eu gosto do lugar que esse Grammy faz as pessoas olharem. Porque no início e no fim, nada é regional, tudo é música. As pessoas têm como ponto de referência de eixo, músicas feitas em outros territórios do Brasil. As referências que trago fundamentam a música brasileira. Tô feliz por ser de música que estamos falando, música feita por uma cantora brasileira nascida no interior da Bahia. Talvez essa forma do Grammy olhar o que fazemos e como fazemos daqui seja o grande peso da indicação.”