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Pesquisadores revelam “falha” no WhatsApp que expôs bilhões de números

Informações como foto de perfil foram possíveis de serem acessadas

Por: Redação

19/11/202518:09Atualizado

Um estudo feito por pesquisadores do curso de Ciências da Computação, da Universidade de Viena, na Áustria, descobriu uma falha no sistema de pesquisa do aplicativo de mensagens WhatsApp, responsável por "vazar" o número de celular de qualquer usuário do app

Celular com WhatsApp aberto
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

De acordo com o levantamento, estima-se que o problema afetou cerca de 3,5 bilhões de pessoas que usam o serviço. O Brasil, um dos países com maior número de usuários do WhatsApp em todo o mundo, teve cerca de 206 milhões de contas identificadas, sendo que 61% delas tinham foto de perfil visível para qualquer um.

Além disso, foi notificado que 81,4% dos usuários do aplicativo no país estão no Android, enquanto 18,6%, no iOS, sistema operacional do iPhone.


Falha identificada

Segundo os pesquisadores, o estudo teve como base o recurso de pesquisa do WhatsApp, que informa se determinado número salvo na agenda tem ou não uma conta no mensageiro. 

Desta forma, os profissionais começaram a testar bilhões de combinações de números possíveis, por meio da versão web do aplicativo. Com isso, foi checado uma média de 100 milhões de números por hora, sendo classificado como a exposição mais extensa de números de telefone e dados de usuários já documentada.

Após a descoberta e a conclusão do trabalho, os pesquisadores afirmaram que deletaram a cópia dos dados.

Meta se pronunciou sobre o caso

A Meta, empresa detentora do WhatsApp, foi notificada da falha no sistema em abril deste ano, corrigindo o problema apenas em outubro, com a implementação de limites mais rígidos.

Em nota, a empresa defendeu que o caso não se trata de um vazamento de informações, uma vez que os dados são públicos.

“Todas as principais plataformas de mensagens – Signal, Telegram, iMessage – usam números de telefone para descoberta de contatos pelo mesmo motivo: é assim que bilhões de pessoas preferem se conectar”, destacou a Meta.