Criaturas nunca antes vistas são flagradas no fundo do oceano
Mergulho na zona crepuscular em águas profundas de Guam revela espécies inéditas
Por: Redação
21/12/2025 • 17:40
Mergulhadores científicos da Academia de Ciências da Califórnia encararam, em novembro, uma missão nas profundezas do oceano, ao largo da costa de Guam, na Micronésia. O grupo desceu até a chamada zona crepuscular superior, região onde quase não entra luz, a mais de 300 metros da superfície, para recuperar equipamentos de monitoramento instalados em recifes profundos há mais de oito anos.
Pouco explorada por conta do custo, da complexidade e do perigo, essa área do oceano só pode ser acessada com submarinos, veículos operados remotamente ou mergulho técnico avançado, conforme informações do portal CNN. Durante a operação, os pesquisadores se depararam com corais delicados, vermes cintilantes, lesmas-do-mar espinhosas e caranguejos cobertos de pelos, que dividiram espaço nesse ambiente escuro e silencioso.
Os dispositivos resgatados funcionam como pequenos recifes artificiais feitos de placas de PVC, onde organismos marinhos se fixam e se desenvolvem ao longo do tempo. Ao serem levados para o Laboratório Marinho da Universidade de Guam, os materiais passaram por um processo de análise, com identificação, fotografia, coleta de espécimes e exames de DNA.
Em apenas duas semanas de trabalho, os cientistas catalogaram cerca de 2.000 espécimes. Desses, 100 nunca tinham sido registrados na região e pelo menos 20 podem representar espécies totalmente novas para a ciência, incluindo um peixe-cardinal, um caranguejo de garras alaranjadas e uma lesma-do-mar com manchas amarelas e rosas.
