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Lula diz que mudança climática é “tragédia do presente” na abertura da COP30

Presidente cita desastres no Paraná, Caribe e Filipinas e cobra ação global urgente durante evento em Belém

Por: Redação

10/11/202512:26

Durante a abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), nesta segunda-feira (10), em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o mundo já enfrenta os efeitos das mudanças climáticas. 

Foto Lula diz que mudança climática é “tragédia do presente” na abertura da COP30
Foto: Reprodução / Gov.br

“A mudança do clima já não é uma ameaça do futuro, mas uma tragédia do presente”, destacou. 

Ele mencionou furacões e tornados recentes no Caribe e no estado do Paraná, além de enchentes e secas que afetam diferentes continentes.

Em tom de alerta, Lula ressaltou que o aumento da temperatura global tem espalhado sofrimento, sobretudo entre as populações mais vulneráveis. “O furacão Melissa, que fustigou o Caribe, e o tornado que atingiu o Paraná deixaram vítimas fatais e rastros de destruição”, disse o presidente, ao reforçar a urgência de ações coordenadas entre os países.

Presidente cobra investimento em clima e critica gastos com guerras

Além de agradecer aos participantes da COP30, Lula defendeu mais investimentos no combate às mudanças climáticas e criticou a falta de prioridade de algumas potências mundiais.

“Se os homens que fazem guerra estivessem nesta COP, perceberiam que é mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para resolver o problema climático do que US$ 2,7 trilhões em conflitos”, declarou, em referência à ausência dos Estados Unidos no evento.

O discurso de abertura também contou com a fala de Mukhtar Babayev, presidente da COP29, do Azerbaijão, que destacou a importância do financiamento público e da cooperação internacional. Já o novo presidente da COP30, André Corrêa Lago, reforçou que “o multilateralismo é o caminho” para o enfrentamento da crise climática.

A conferência segue até 21 de novembro e tem como meta discutir mecanismos de financiamento climático, transição energética e compromissos previstos no Acordo de Paris, que busca limitar o aquecimento global a 1,5°C.