Desigualdades no ensino médio devem perdurar no Brasil pelo menos 16 anos
Resultado é fruto de estudo com base em dados do IBGE
Por: Redação
17/11/2025 • 18:00
As desigualdades raciais e socioeconômicas relacionadas à conclusão do ensino médio pelos estudantes brasileiros devem permanecer por pelo menos mais 16 anos, é o que aponta o levantamento Todos pela Educação, feito com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e divulgado nesta segunda-feira (17).
De acordo com o estudo, apesar dos avanços nos programas de incentivo e permanência estudantil, 1 em cada 4 jovens de até 19 anos estão fora das escolas. Do total, as diferenças entre o índice de conclusão do ensino médio por raça são, ainda, bastante significativas, sendo que:
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Entre os jovens pretos, pardos e indígenas, de até 19 anos, o índice registrado foi de 69,5%.
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No entanto, entre os jovens brancos e amarelos, esse número chegou a 81,7%.
Desigualdades permanecem até 2041
Os resultados foram superiores ao registrado em 2015, quando o índice de conclusão foi de 66,3% entre os brancos e 46% entre os jovens negros. Nesse sentido, o Brasil registrou uma média de 0,8% na redução das desigualdades raciais.
No entanto, os especialistas analisaram que, se for mantido esse ritmo de redução, o nível de conclusão do ensino médio entre as raças estará equiparado apenas em 2041.
Motivos para a evasão
Ainda, o levantamento revelou alguns dos motivos usados para justificar a evasão do ensino médio. Segundo o estudo, os estudantes alegam que a necessidade de trabalhar ou a perda de interesse levaram ao abandono da formação.
