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Justiça reconhece constrangimento e veta uniforme de legging em posto

Decisão aponta constrangimento e risco de assédio em posto de gasolina

Por: Redação

13/11/202520:00

A Justiça do Trabalho determinou que o Posto Power, localizado em Recife (PE), deixe de exigir que suas funcionárias usem legging e cropped como uniforme. A decisão liminar, expedida pela 10ª Vara do Trabalho do Recife e divulgada nesta quarta-feira (12), foi assinada pela juíza Ana Isabel Koury.

Foto Justiça reconhece constrangimento e veta uniforme de legging em posto
Foto: Sinpospetro-PE/Divulgação

A empresa responsável pelo estabelecimento, a FFP Comércio de Combustíveis LTDA, terá cinco dias para fornecer novos uniformes, compostos por calças de corte reto e camisas de comprimento padrão, sob pena de multa de R$ 500 por funcionária em caso de descumprimento.

Na decisão, a magistrada destacou que as imagens apresentadas no processo mostram funcionárias com vestimentas curtas e justas, o que, segundo ela, “expõe de forma desnecessária o corpo das trabalhadoras” e causa “constrangimento, vulnerabilidade e potencial assédio”.

O advogado do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Pernambuco (Sinpospetro), Sérgio da Silva Pessoa, revelou que mesmo após a decisão, que envolve a exigência das roupas desde setembro, o posto segue descumprindo a liminar. 

Em nota, a FFP Comércio de Combustíveis LTDA informou que recorrerá da decisão judicial e alegou que as denúncias “não dizem respeito a funcionárias da empresa”, afirmando ainda que a liminar “não reflete a realidade dos fatos”.