Salário mínimo sobe para R$ 1.621 em 2026, confirma governo federal
Reajuste de 6,79% começa a valer em janeiro e será pago a partir de fevereiro
Por: Redação
16/12/2025 • 11:02 • Atualizado
O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou que o salário mínimo nacional será reajustado para R$ 1.621 em 2026. O novo valor representa um aumento de R$ 103 em relação ao piso atual, fixado em R$ 1.518.
O reajuste corresponde a uma alta de 6,79% e passa a valer a partir de janeiro do próximo ano. Na prática, os trabalhadores começarão a receber o novo valor a partir de fevereiro, já que o pagamento é feito no mês subsequente ao trabalhado.
A definição ocorreu na última quarta-feira (10), após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicador utilizado no cálculo do reajuste. Desde 2023, a política de valorização do salário mínimo considera a inflação acumulada em 12 meses até novembro, medida pelo INPC, somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
No entanto, há um limite para conter o impacto fiscal: o aumento total não pode ultrapassar 2,5 pontos percentuais acima da inflação. Essa regra foi adotada para evitar que despesas vinculadas ao salário mínimo cresçam além do teto orçamentário.
Em novembro, o INPC registrou variação de 0,03%, abaixo dos 0,33% observados no mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, o índice chegou a 3,68%, enquanto nos últimos 12 meses ficou em 4,18%, inferior aos 4,49% registrados no período imediatamente anterior.
Com isso, o valor final do salário mínimo para 2026 ficou abaixo das projeções iniciais do próprio governo. No Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), enviado ao Congresso em março, a estimativa era de R$ 1.630. Já na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada recentemente, a previsão apontava para R$ 1.627.
Segundo o governo, a diferença está relacionada à desaceleração da inflação ao longo dos últimos meses. Ainda assim, o modelo de cálculo busca reduzir oscilações e preservar a política de valorização real do salário mínimo, ao considerar múltiplos indicadores econômicos.
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