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Número de pessoas que não bebem álcool cresce no Brasil, aponta pesquisa

Jovens adultos puxam a mudança nos dados

Por: Redação

14/11/202519:00

Foto Número de pessoas que não bebem álcool cresce no Brasil, aponta pesquisa
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O levantamento da pesquisa “Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2025” apontou que 64% da população não bebe, o que representa um avanço em relação a 2023, quando o índice era de 55%.

Jovens puxam a mudança

O estudo mostrou também que esse crescimento foi puxado principalmente pelos jovens adultos, na faixa-etária dos 18 aos 24 anos. 

Para esse público, o índice saltou de 46% para 64%, fazendo um comparativo de 2023 para 2025, respectivamente. Na faixa-etária dos 25 aos 34 anos, o crescimento foi de 47% para 61%. 

Outros indicadores 

A pesquisa mostra que o aumento no número de não consumidores de álcool cresceu principalmente entre pessoas com ensino superior (49% para 62%), moradores da região Sudeste (51% para 62%) e entre as classes A e B (44% para 55%). 

O estudo mostra que a tendência é mais presente nas regiões metropolitanas e nas capitais brasileiras. 

Frequência 

O intervalo de tempo em que as bebidas são consumidas também mudou, de acordo com o levantamento. Os brasileiros têm reduzido a frequência de consumo nos últimos dois anos

O número de pessoas que consomem bebidas semanalmente ou quinzenalmente caiu seis pontos de 2023 para 2025. Os que bebem, que representam 39%, disseram consumir apenas uma ou duas doses por ocasião. 

Cenário ainda é preocupante

Apesar da tendência de queda e a mudança nos hábitos entre os jovens, a realidade do consumo abusivo de álcool ainda é um desafio para a saúde pública brasileira.  

Os dados apontaram que a proporção dos consumidores abusivos se manteve estável, variando apenas de 17% para 15%. De acordo com a pesquisa, os índices preocupam pela falsa percepção da sociedade sobre o próprio consumo já que 82% das pessoas que bebem em excesso acham que consomem de forma moderada. 

Apenas 9% das pessoas reconhecem o exagero e sentem a necessidade da mudança de hábitos.