Adesivo sem bateria identifica possíveis sinais de câncer de pele
Tecnologia mede bioimpedância e diferencia áreas saudáveis de lesões suspeitas
Por: Redação
17/11/2025 • 13:54 • Atualizado
Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, desenvolveram um adesivo vestível inovador, sem bateria ou chip, capaz de medir a bioimpedância da pele de forma simples e não invasiva. A tecnologia pode ajudar a identificar precocemente o câncer de pele ao diferenciar áreas saudáveis de lesões suspeitas por meio da análise de sinais elétricos específicos. O estudo foi publicado na revista npj Biomedical Innovations, segundo informações divulgadas pelo Correio Braziliense.
O dispositivo funciona independentemente do tom de pele, de modo a superar limitações de métodos visuais que costumam ser menos precisos em pessoas de pele mais escura. Segundo o líder da pesquisa, Mohammad J. Moghimi, o adesivo foi projetado para ser leve, descartável e fácil de usar até fora de ambientes clínicos, permitindo que pacientes e profissionais monitorem lesões de forma ágil. Como fornece dados numéricos objetivos, a tecnologia pode reduzir biópsias desnecessárias e contribuir para diagnósticos mais assertivos.
Para testar o equipamento, os cientistas aplicaram o adesivo em áreas da pele saudável e em lesões pigmentadas de 10 voluntários. As medições registraram diferenças claras entre os tecidos. O dermatologista Eduardo Oliveira, especialista em oncologia cutânea, explica que lesões malignas alteram a passagem da eletricidade pela pele característica que a nova tecnologia consegue identificar.
Apesar do potencial, Oliveira ressalta que o dispositivo ainda precisa de validações mais amplas para confirmar sua precisão na distinção entre lesões benignas e malignas.
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