O avanço da prevenção ao câncer de pulmão voltou ao centro do debate após o Dr. Ricardo Sales destacar, em entrevista ao Portal Esfera no Rádio desta terça-feira (5),  que um projeto no Congresso tenta incluir a tomografia de baixa dose no SUS. Segundo ele, "a maior inovação que o país pode trazer é o aumento do acesso sem burocracia e sem desigualdade".

Ao comentar o cenário atual, o convidado reforçou que a lacuna não está na tecnologia, mas na capacidade do Brasil de torná-la acessível. 

"A gente tem que mudar a lei, a gente tem que ir atrás dos governantes e achar o dinheiro para promover saúde", afirmou.

Educação em Saúde

Outro alerta importante foi sobre a educação em saúde. O especialista lamentou que ainda haja mortes evitáveis por câncer de colo de útero e de mama, doenças com rastreamento consolidado.

"A educação é o melhor remédio que podemos dar à população, já que a falta de informação mantém a prevenção distante de quem mais precisa", declara. 

A criação do primeiro instituto brasileiro dedicado exclusivamente ao câncer de pulmão também surgiu como marco essencial. O entrevistado destacou que o órgão busca evidenciar um tema historicamente negligenciado e reforçou que "o pulmão é o espelho das doenças e precisa ser tratado como prioridade".

Ações já geram impacto

As ações práticas já dão sinais de impacto. Mais de 400 agentes comunitários de saúde foram treinados em Serrinha, além de novas capacitações em Feira de Santana. O objetivo é levar conhecimento a bairros, lideranças e comunidades com linguagem simples e direta, facilitando o acesso ao exame que será oferecido por carretas itinerantes.

Ao final, o especialista pediu colaboração da sociedade para ampliar o projeto e afirmou que "prevenção não pode ser privilégio, tem que ser rotina na atenção básica".