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Moradores de São Marcos ficam cinco dias sem ônibus após morte de adolescente

Serviço de transporte é suspenso devido a protestos por Caíque dos Santos Reis, morto em ação policial

Por: Redação

03/10/202511:10Atualizado

Os moradores do bairro de São Marcos, em Salvador, seguem sem transporte público há cinco dias, nesta sexta-feira (3), em razão dos protestos que pedem justiça pela morte de Caíque dos Santos Reis, de 16 anos, ocorrida no último domingo (28) durante uma ação policial.

Foto Moradores de São Marcos ficam cinco dias sem ônibus após morte de adolescente
Foto: Reprodução/ Redes sociais

Segundo a Transalvador, ainda não há previsão para a retomada do serviço no bairro. Enquanto isso, os ônibus desviam pela Via Regional, evitando circular pelas ruas de São Marcos.

A família de Caíque realizou diversos protestos ao longo da semana, defendendo a inocência do jovem. De acordo com informações, ele não tinha envolvimento com atividades criminosas, era estudante e trabalhava como barbeiro. Na segunda-feira, dia seguinte ao ocorrido, Caíque se preparava para iniciar seu primeiro dia como atendente de confeitaria. O corpo foi enterrado no Cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas.

Na quarta-feira (1º), um ônibus foi invadido por suspeitos de envolvimento com o tráfico, que tomaram a chave do coletivo, deixando o veículo atravessado na Via Regional, próximo a São Rafael. O episódio seria uma represália à morte de Caíque e de outro jovem, ocorrida no domingo anterior (22), em São Marcos.

Policiais afastados e medidas da PM

A Polícia Militar da Bahia afastou os agentes envolvidos na operação que resultou na morte do adolescente. Conforme informou a corporação, os policiais foram submetidos a oitivas individuais e encaminhados ao Departamento de Promoção Social da PM, onde recebem acompanhamento psicológico, participam de atividades de apoio emocional e palestras sobre valorização da vida e ética profissional.

Em nota, a corporação destacou:

“A Polícia Militar da Bahia reafirma seu compromisso com a legalidade, a transparência e a defesa da vida, não compactuando com desvios de conduta. Eventuais excessos serão plenamente responsabilizados, garantindo sempre o direito ao contraditório e à ampla defesa.”