A Polícia Civil da Bahia prendeu, na manhã desta quarta-feira (29), um garçom de 27 anos suspeito de vender conteúdo de pornografia infantil pela internet. A prisão ocorreu no bairro Engenho Velho da Federação, em Salvador, durante a Operação Brilho do Amanhã, que combate crimes sexuais virtuais envolvendo crianças e adolescentes.

Durante o cumprimento do mandado, os policiais encontraram grande quantidade de fotos e vídeos de adolescentes no celular do suspeito. O aparelho foi apreendido e será submetido à perícia. Segundo as investigações, o homem administrava um perfil em redes sociais usado para comercializar o material ilegal, identificado inicialmente por equipes de Brasília. Outro alvo da operação foi procurado no bairro do Imbuí, mas não foi localizado.

Operação permanente e uso de tecnologia

Deflagrada em junho deste ano, a Operação Brilho do Amanhã é uma ação contínua de repressão à exploração sexual infantojuvenil. Desde o início, as equipes já cumpriram 21 mandados de busca, apreensão e prisão, resultando em 19 capturas, entre adultos e adolescentes. Os investigados respondem por divulgação de pornografia infantil, incitação à tortura, ao suicídio e exploração sexual de menores.

O delegado Clay Cardoso Andrade, diretor adjunto do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV), explicou que o trabalho é sustentado por técnicas avançadas de inteligência e monitoramento digital.

“O trabalho de inteligência policial é fundamental para identificar e localizar essas pessoas que cometem crimes nas redes. Utilizamos ferramentas específicas, diligências em ambiente cibernético e sistemas de geolocalização, o que nos permite chegar até os autores e garantir a responsabilização de cada um deles. A população pode colaborar com as investigações ligando para o Disque Denúncia (181) da SSP-BA. O sigilo é garantido”, afirmou o delegado.

Cooperação entre estados e prisões no exterior

As ações contam com o apoio de unidades especializadas, como a Dercca, o Nercca, as Delegacias Territoriais e a Agência de Inteligência da Polícia Civil. A operação também é marcada pela integração com outras Polícias Civis do país, o que tem possibilitado prisões em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

Em um dos desdobramentos, um dos investigados foi preso na França, resultado de uma ação conjunta entre as Polícias Civis da Bahia e de São Paulo, reforçando o alcance internacional das investigações.