Caracterizada pela sensação de queimação na região epigástrica, popularmente chamada de "boca do estômago", a gastrite é uma inflamação na mucosa estomacal, que pode se manifestar através de náuseas e perda de apetite, e em casos mais graves, hematêmese (vômito com sangue) ou melena (fezes com sangue). 

Embora sua origem não esteja diretamente ligada à alimentação, os hábitos nutricionais influenciam diretamente no quadro. Segundo o nutricionista Henrique Gouveia, as escolhas alimentares inadequadas podem piorar os sintomas. 

“Uma dieta desequilibrada não é, por si só, a origem da gastrite, mas pode ser um fator decisivo no agravamento dos sintomas. Por isso, ajustar a refeição é parte essencial do cuidado com o estômago”, afirma Henrique.

De acordo com o profissional, entre os principais vilões para quem sofre com gastrite, estão as bebidas alcoólicas, o café (até mesmo na versão descafeinada) e refrigerantes e outras bebidas gaseificadas.

Além disso, os alimentos com perfil ácido, como frutas cítricas, molhos de tomate e condimentos picantes, também figuram na lista de restrições.

Por fim, os produtos industrializados ricos em gorduras saturadas e frituras em geral podem piorar o quadro de gastrite.

Nesse sentido, o especialista alerta que, para o tratamento do desconforto, não adianta recorrer apenas a medicamentos.

“Embora o uso de antiácidos, protetores gástricos ou antibióticos seja necessário em muitos casos, especialmente quando há infecção pela bactéria Helicobacter pylori, a recuperação completa depende também da mudança no estilo de vida”, completou o nutricionista.