A Justiça da Bahia aceitou denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra oito pessoas acusadas de integrar um esquema de corrupção e crimes ambientais no Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). A ação, resultado da Operação Ceres, aponta que o grupo fraudava processos de licenciamento ambiental para beneficiar empreendimentos rurais de grandes fazendeiros no oeste do estado, concedendo autorizações ilegais em troca de vantagens financeiras.

De acordo com o MP-BA, as irregularidades teriam rendido ao grupo ao menos R$ 16,5 milhões entre 2018 e 2024. A denúncia foi recebida no último dia 27, abrindo processo penal contra os envolvidos. Entre os réus estão servidores públicos, ex-funcionários do órgão e um fazendeiro.

Foram denunciados por corrupção e associação criminosa: Maristela Tereza de Castro, ex-secretária parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia; Jacques Douglas Santos Silva da Palma, então coordenador do posto avançado do Inema em Guanambi; Angélica Xavier da Silva Cardoso, Victor Vinícius Santana Arouca e Patrícia Viviane Barros de Azevedo, ex-secretários da Direção-Geral do Inema; Sabrina Mendes Leal Santos Teixeira de Freitas, ex-secretária da Coordenação de Agrossilvipastoris; Alexander Von Amomon, consultor ambiental; e o fazendeiro Gervalter Barreiros Pizato, dono das fazendas Pedra Preta, Perobal e Barreirinho.

Segundo as investigações, deflagradas em julho de 2024, Jacques Douglas também responderá por crime ambiental. O Ministério Público informou que o caso segue em apuração para identificar outros possíveis envolvidos no esquema.