O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) determinou que uma delegacia no município de Cipó, no nordeste baiano, não poderá manter acusados presos no local por mais de 24 horas. A determinação acontece em razão da falta de fornecimento de alimentação e água, uma vez que a delegacia não consegue entregar aos detentos as três refeições mínimas e nem água potável, conforme estabelece o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP).

A medida partiu do promotor de Justiça Tarcísio Logrado de Almeida, que apurou que os presos na delegacia não recebem as refeições e nem água. Nesse sentido, caberia aos familiares providenciarem o alimento. Já a água é captada em poços artesianos no povoado Brejinho, pelos próprios agentes do local. Com isso, ao menos 9 detentos poderão ser transferidos para outras penitenciárias. 

Além da ordem de permanência máxima, o promotor também expediu ofícios à Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) e à gestão municipal de Cipó para que as condições da delegacia sejam regularizadas, restabelecendo o funcionamento adequado da delegacia