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Remédios, visitas e defesa: veja detalhes da prisão de Bolsonaro

Moraes cancela visitas e PF recebe remédios de Bolsonaro após prisão

Por: Redação

22/11/202513:23Atualizado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cancelou todas as visitas que estavam previamente autorizadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi tomada neste sábado (22), junto com a ordem de prisão preventiva do ex-mandatário.

Moraes cancela visitas e PF recebe remédios de Bolsonaro após prisão
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Bolsonaro tinha permissão para receber visitantes até 11 de dezembro, entre eles, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no dia 10. Na sexta-feira (21), o ex-presidente havia solicitado ao STF autorização para receber mais 16 pessoas, incluindo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o ex-candidato à Presidência Padre Kelmon.

Com a nova determinação, ficam autorizadas apenas as visitas de advogados e da equipe médica. Qualquer novo pedido terá de ser submetido ao STF.

Desde agosto, quando Bolsonaro passou à prisão domiciliar, o Supremo vinha liberando visitas de parlamentares, líderes religiosos, apoiadores e influenciadores. Solicitações feitas por investigados ou réus já haviam sido negadas, como a do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, novamente alvo de investigação por tentativa de golpe.

 

Remédios levados à PF

 

Após a prisão preventiva decretada neste sábado, os remédios de Jair Bolsonaro foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde ele está detido. A equipe médica compareceu ao local, mas deixou a unidade sem dar declarações.

De acordo com a defesa, o ex-presidente apresenta “saúde debilitada”, com episódios diários de soluço gastroesofágico, falta de ar e uso contínuo de medicamentos que atuam no sistema nervoso central.

Na decisão que determinou a prisão preventiva, Moraes garantiu atendimento médico em tempo integral.

 

Motivos da prisão

 

A PF prendeu Bolsonaro por risco de fuga, após o STF ser informado de que ele teria tentado romper a tornozeleira eletrônica. A convocação de uma “vigília”, feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente à residência onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, também pesou na decisão de Moraes.

Embora já exista uma condenação de 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado, essa pena ainda não está em execução. A prisão atual é preventiva, sem prazo definido para terminar.