O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou nesta sexta-feira (7) que o Departamento de Justiça (DOJ) investigue as principais empresas de processamento de carne do país por suposta manipulação de preços.

Segundo Trump, os frigoríficos estariam elevando artificialmente o valor da carne bovina por meio de conluio. “Pedi ao DOJ que inicie imediatamente uma investigação sobre as empresas que estão fixando e manipulando preços de forma ilícita”, escreveu na rede Truth Social.

Em comunicado, a Casa Branca informou que a ação faz parte de um esforço para restaurar a concorrência e combater cartéis estrangeiros. Entre as empresas citadas estão a brasileira JBS, a National Beef, comprada pela também brasileira Marfri, Cargill e Tyson Foods, que juntas controlam cerca de 85% do mercado de carne bovina nos EUA.

O mandatário dos EUA afirmou que, enquanto o preço do gado tem caído, o da carne embalada segue em alta. “Há algo suspeito. Se houver crime, os responsáveis pagarão caro”, disse. A procuradora-geral Pamela Bondi confirmou que o DOJ já apura possíveis violações das leis antitruste. As informações foram divulgadas pelo UOL. 

Relação com o setor pecuarista

A medida ocorre em meio a uma relação tensa entre Trump e os produtores de gado. O presidente foi criticado após sugerir a importação de carne da Argentina para conter os preços internos.

Em resposta, ele defendeu as tarifas sobre o gado importado, incluindo uma taxa de 50% sobre o Brasil, e pediu que os produtores reduzam os preços ao consumidor.

Nos últimos meses, o preço da carne bovina atingiu recordes históricos nos EUA, impulsionado pela seca prolongada, custos de alimentação elevados e redução dos rebanhos. A crise se agravou após a suspensão das importações de gado do México devido ao risco da bicheira-do-Novo-Mundo.