Após menos de um mês no cargo, o primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, anunciou oficialmente, nesta segunda-feira (6), sua renúncia do cargo. O político assumiu o parlamento francês no dia 9 de setembro, após a renúncia de François Bayrou, que teve sua confiança abalada após nove meses de gestão. Este é o quinto premiê do segundo mandato de Macron, que começou em 2022.

A saída de Lecornu foi confirmada pelo Palácio do Eliseu. De acordo com informações, o pedido de demissão veio horas depois da gestão de Macron anunciar uma nova composição para o governo, incluindo novos ministros que trabalhariam ao lado do agora ex-primeiro-ministro. Em sua carta de renúncia, Lecornu justificou a decisão baseada na “intransigência dos partidos políticos do país, que colocaram seus interesses à frente dos da França”.

A notícia da demissão do premiê abala ainda mais o atual mandato de Macron. Segundo especialistas, o presidente francês deve agora tentar recompor seu governo, mas não se sabe se por meio da nomeação de um novo primeiro-ministro ou pela convocação de eleições. No entanto, Macron ainda não se pronunciou oficialmente sobre os próximos passos a serem tomados.

Além da crise política, a França enfrenta também uma dívida recorde. O déficit fiscal do país atingiu 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2024, e sua dívida nacional é de 114% do PIB. Com isso, a França está no top 3 das maiores dívidas públicas da zona do euro, atrás apenas da Grécia e da Itália.