O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, nesta sexta-feira (10), a imposição de taxas adicionais de 100% contra todos os produtos importados da China. Segundo o mandatário, a medida acontece em resposta a uma suposta atitude de “grande hostilidade comercial” pelo governo de Xi Jinping contra os EUA. 

A medida passa a entrar em vigor a partir do dia 1 de novembro. No entanto, Trump reforçou que as novas taxas podem passar a valer antes do prazo "dependendo de quaisquer ações ou mudanças adicionais tomadas" pelo país asiático. 

Confira a tradução da publicação de Trump:

“Coisas muito estranhas estão acontecendo na China! Eles estão se tornando bastante hostis e enviando cartas para países ao redor do mundo, afirmando que querem impor controles de exportação sobre todos os elementos de produção relacionados às terras raras — e praticamente qualquer outra coisa que possam imaginar, mesmo que não seja fabricada na China. Ninguém jamais viu algo assim; essencialmente, isso “congestionaria” os mercados e tornaria a vida difícil para praticamente todos os países do mundo — especialmente para a própria China.

Fomos contatados por outros países que estão extremamente irritados com essa grande hostilidade comercial, que surgiu do nada. Nosso relacionamento com a China nos últimos seis meses tem sido muito bom, o que torna essa mudança comercial ainda mais surpreendente. Sempre senti que eles estavam apenas esperando o momento certo — e agora, como de costume, fui provado certo!

Não há como permitir que a China mantenha o mundo “cativo”, mas parece que esse tem sido o plano deles há algum tempo, começando com os “ímãs” e outros elementos que acumularam silenciosamente até alcançar uma posição quase monopolista — um movimento bastante sinistro e hostil, para dizer o mínimo. Mas os EUA também têm posições monopolistas, muito mais fortes e abrangentes do que as da China. Eu simplesmente não escolhi usá-las antes porque nunca houve motivo para isso — ATÉ AGORA!”

O tarifaço contra a China reacende a guerra comercial travada pelo líder estadunidense contra Pequim, após um momento de trégua, resultado da extensa rodada de negociações diplomáticas no início do ano. Até o momento, a China não respondeu às novas ofensivas dos EUA.