Ataque russo a Kiev deixa pelo menos quatro mortos e dezenas de feridos
Bombardeios atingem campos de aviação militares e infraestruturas estratégicas, enquanto Zelensky denuncia quase 500 drones e mais de 40 mísseis
Por: Lorena Bomfim
28/09/2025 • 13:25
Pelo menos quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um ataque russo à Ucrânia, ocorrido na madrugada deste domingo (28/9), em Kiev. A ofensiva atingiu campos de aviação militares e outras instalações estratégicas, segundo informou o Ministério da Defesa da Rússia.
Em comunicado, a pasta declarou que o ataque foi realizado com armas de longo alcance e alta precisão. “Ontem à noite, as Forças Armadas da Federação Russa lançaram um ataque massivo com armas aéreas de longo alcance e alta precisão, baseadas no mar, além de veículos aéreos não tripulados, contra empresas do complexo militar-industrial da Ucrânia e infraestruturas de aeródromos militares”, destacou o ministério.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou em sua conta no Telegram que o ataque durou mais de 12 horas. “Foram ataques brutais, terror deliberado e direcionado contra cidades comuns — quase 500 drones de ataque e mais de 40 mísseis”, escreveu.
Outras regiões também sofreram bombardeios neste domingo, incluindo a cidade de Zaporizhzhia, onde pelo menos 16 pessoas ficaram feridas, entre elas três crianças.
Os ataques ocorreram pouco depois de drones sobrevoarem a maior base militar da Dinamarca na sexta-feira (26/9). Países europeus têm responsabilizado a Rússia pelos episódios de sobrevoo, mas Moscou negou qualquer envolvimento durante a Assembleia Geral da ONU, no sábado (27/9).
Segundo o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, “a Rússia está sendo acusada de quase planejar um ataque à Aliança do Atlântico Norte (Otan) e aos países da União Europeia. O presidente Putin tem repetidamente desmentido essas provocações”.
Ministros da Defesa de países do leste europeu concordaram, na sexta-feira, que a criação de um “muro antidrones”, com capacidades avançadas de rastreamento e interceptação, é uma prioridade para o bloco.
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