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AL-BA marca reuniao de emergência para discutir caso Binho Galinha

Parecer dever ser enviado para a Procuradoria Jurídica da Casa; tendência é de que deputado seja cassado

Por: Fernando Valverde

04/10/202510:15Atualizado

A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) marcou uma reunião oficial de emergência na segunda-feira (6) para deliberar oficialmente sobre o caso do deputado Binho Galinha, preso no âmbito da operação "Estado Anômico", que investiga a sua relação com uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro.

Foto AL-BA marca reuniao de emergência para discutir caso Binho Galinha
Foto: Reprodução / Instagram

“A Casa informa que aguardará a manifestação oficial da Justiça em relação à prisão do deputado estadual Binho Galinha, ocorrida nesta sexta-feira (3), conforme noticiado pela imprensa.”, diz a nota oficial da entidade. “Dessa forma, no retorno do expediente na próxima segunda-feira (6), a Assembleia deliberará sobre as medidas legais a serem adotadas”, diz a nota assinada pela presidente da casa, a deputada Ivana Bastos (PSD).

A tendência é que o caso de Binho Galinha seja encaminhado para a Procuradoria Jurídica da AL-BA, que dará início ao processo que deve culminar na cassação do deputado. O Conselho de Ética da Assembleia, apontou que irá incorrer sobre a análise do caso "com isenção, respeito aos ritos legais e em conformidade com os princípios do Estado Democrático de Direito".

"O Conselho assegura que todas as etapas serão conduzidas com base no devido processo legal, garantindo a ampla defesa e o contraditório. Reafirmamos nosso compromisso com a legalidade, a transparência e a responsabilidade institucional", indicou.

"Estado Anômico"

Durante a operação, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em Feira de Santana e Salvador, bloqueados R$ 9 milhões em contas bancárias dos investigados e suspensas atividades econômicas de uma empresa ligada à organização, conforme decisão da 1ª Vara Criminal de Feira de Santana.

Segundo a Polícia Federal, a ação mobilizou cerca de 100 policiais, além de 11 auditores-fiscais e três analistas tributários da Receita Federal, evidenciando a complexidade e o alcance da investigação.

O nome da operação, “Estado Anômico”, faz referência a uma condição social caracterizada pelo enfraquecimento das normas e valores que regulam o comportamento de uma sociedade, resultando em desorientação e instabilidade.

As investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e aprofundar a apuração de crimes conexos. Caso condenados, os investigados podem receber penas que, somadas, ultrapassam 50 anos de reclusão.