O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participará do leilão do túnel Santos-Guarujá, que será realizado nesta sexta-feira (5) na B3, em São Paulo. O governo federal será representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

A ausência de Lula evita um encontro direto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já confirmou presença no evento. Caso participasse, o presidente poderia dividir com o governador o tradicional ato simbólico de bater o martelo que marca o encerramento do certame.

O túnel imerso Santos-Guarujá será a maior obra de infraestrutura urbana do Novo PAC e adotará tecnologia inédita no Brasil. O projeto será viabilizado por meio de uma parceria público-privada (PPP), com investimento total de R$ 6,8 bilhões. Desse montante, R$ 5,2 bilhões serão divididos igualmente entre a União e o governo paulista, enquanto a concessionária vencedora precisará aportar outros R$ 1,6 bilhão.

A construção da parceria entre os dois governos foi articulada ao longo de 2023 e 2024, o que levou a especulações sobre a possível participação de Lula no leilão. No entanto, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) afirmou à CNN que essa hipótese nunca foi cogitada, destacando que o presidente não costuma comparecer a leilões de projetos de infraestrutura.

Na segunda-feira (1º), o leilão recebeu duas propostas: uma da construtora portuguesa Mota-Engil, que tem participação da gigante chinesa CCCC, e outra da empresa espanhola Acciona. Grandes construtoras nacionais que avaliaram o projeto, como Odebrecht, Álya (antiga Queiroz Galvão), Andrade Gutierrez e Marquise, decidiram não entrar na disputa.