Até chegar ao seu guarda-roupa, as roupas e os acessórios são responsáveis por uma verdadeira cadeia de poluição e degradação ambiental. Segundo os dados do Global Fashion Agenda, o setor da moda é o mais poluente do mundo, ficando atrás apenas da indústria petrolífera. 

No entanto, o problema é ainda mais grave. Segundo o estudo, os resultados são oriundos de ações como o descarte de resíduos têxteis, a emissão de gases provenientes dos processos de geração de energia e o cultivo e coleta de matéria-prima ambiental.

Apesar de comprovado, o impacto ambiental da moda é ignorado pelas grandes fabricantes, que deixam de apresentar medidas para controlar a degradação provocada pelo setor. De acordo com o relatório What Fuels Fashion?”, da Fashion Revolution, apenas 29% das marcas globais de fabricação de roupas apresentaram ações de redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE) comprovadas neste ano. 

Além disso, a contaminação relacionada à beneficiação e tingimento de tecidos, considerada a etapa mais poluente de todo o processo de produção do setor fashion, também é insuficiente, de modo a ampliar ainda mais os impactos.

O levantamento da Fashion Revolution analisou os dados de cerca de 124 maiores marcas de moda do mundo, incluindo as gigantes Nike, Adidas e Levi’s, além de grifes, como Miu Miu, Hermés e New Balance.